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Enviada em: 09/07/2018

O Brasil era um lugar no qual reinava a tolerância em relação a cor da pele. Essa situação pacífica durou até que as naus portuguesas ancoraram na pátria amada (no século XVI) e instalaram a indústria da cana de açúcar. Depois disso, milhares de navios negreiros negociaram a pessoa africana como um objeto inferior, cuja dignidade era ser escravizado. Esses negros semearam o solo brasileiro com seu suor e sangue para o lucro dos seus algozes brancos, e estes nos legaram um racismo congênito.       Pois bem, se formos analisar a questão historicamente, reconheceremos uma reincidente demonstração de racismo; pois, na época colonial, tínhamos cerca de 50% da população brasileira negra; e, com o fim do tráfico negreiro em meados do século XIX (por meio da Lei Eusébio de Queiroz), iniciou-se um processo de branqueamento da população com a imigração europeia para o trabalho nas lavouras de café.       De lá pra cá, o negro persiste em ser açoitado no pelourinho, pois, cotidianamente são vítimas de preconceitos velados em razão da cor da pele e da textura do cabelo ou nas entrevistas de emprego. Aliás, Marielle Franco não pôde nem lutar pelos direitos dos seus pares ou de ganhar status como vereadora que fora assassinada pela tirania dos brancos.       Portanto, é necessário seguir os passos de Nelson Mandela ou de Martin Luther King e lutar contra o racismo. É preciso que o governo brasileiro, através do Ministério da Educação e da Cultura (MEC), enfoque no estudo de História Brasileira a real participação do negro, enaltecendo as contribuições africanas para o Brasil, tal como a feijoada, a capoeira, a religião e outras. Este órgão estatal também deveria conceder incentivos fiscais para programas de cotas, ampliando o programa já existente para universidades particulares. Dessa forma, ao invés de arremessar os negros brasileiros na marginalidade social (em verdadeiro aparthaid), poderemos mudar o paradigma e conscientizar as futuras gerações da necessidade de acolhimento das características africanas. Ao mesmo tempo, poderemos inserir o negro no mercado de trabalho e dispensar futuras Marielles.