Materiais:
Enviada em: 28/07/2018

A visão etnocêntrica europeia do século XIX, utilizada para a dominação de vários países no processo de colonização, no qual considerava o seu grupo étnico ou cultura como superior a outra, foi esse um dos fatores que culminaram para o racismo no século XXI no Brasil. Todavia, a persistência dessa desigualdade, deu-se continuidade, seja pelo enfraquecimento das leis, ou pela baixa representatividade negra nos âmbitos socioculturais.       É indubitável que a questão constitucional e suas aplicações estejam entre as causas dessa problemática. Em primeiro plano, com a Lei Afonso Arinos que pune para quem comete racismo, se mostrou ineficiente por faltar rigorosidade em suas punições. Assim, vê-se o quanto essa situação é caótica, pois vem se estendendo ao longo dos anos na sociedade, devido as falhas na aplicação de penas mais severas na ocorrência desse crime, e fragilizando a lei.        Ademais, a relevância da representatividade na era digital traz um peso para uma maior visibilidade social, que inibiria maiores propagações de pensamentos conservadores acerca do racismo. Desse modo, o protagonismo negro não tem tanto destaque nas produções nacionais, segundo um levantamento da UERJ, nos anos de 2004 a 2014, analisando as maiores bilheteiras, 31% tinham negros no elenco e quase sempre interpretados em papéis associados à pobreza e criminalidade reforçando os esteriótipos característicos da desigualdade racial.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, é imprescindível que o poder legislativo intensifique a Lei Afonso Arinos existente, com penas inafiançáveis e o cumprimento em prisão fechada para quem cometeu o crime, com o fito de diminuir a discriminação racial, no qual ainda estar predominantemente enraizado nos valores socioculturais brasileiros.