Enviada em: 22/07/2018

O preconceito racial é baseado, sobretudo, na cor da pele. No Brasil, os negros são as principais vítimas do racismo, que segundo a lei é considerado crime. Contudo, a incidência desse preconceito é frequente devido ao passado histórico do país.       Primeiramente, é preciso analisar como o preconceito racial foi construído no Brasil. Em seu período colonial, o país foi sustentado pela mão de obra escrava, acima de tudo africana. Porém, apesar da abolição da escravidão em 1888, os cidadãos negros continuam a ser inferiorizados e marginalizados na sociedade. De acordo com Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado, ou seja, o racismo tem perpetuado durante décadas, porque foi fixado na cultura brasileira.      Ademais, uma das principais evidências da persistência do racismo no Brasil é a retratação dos personagens negros na mídia. Em novelas, filmes e seriados é possível notar que a minoria dos protagonistas são negros. Além da pouca representação como principais, existe a super simbolização como ocupantes de posições menosprezadas, por exemplo, motorista, empregado doméstico e traficante. Logo, trata-se de um preconceito mascarado, mas que contribui para que esse grupo continue a ser vítima de um crime, visto que a mídia tem o poder de influenciar o comportamento da população.        Diante do exposto, é necessário que o Ministério da Educação crie um projeto para a realização trimestral de amostras culturais nas escolas. Esse projeto terá que prever palestras com historiadores e representantes de diferentes etnias e apresentação de símbolos (dança, objetos e música) que remetem a diferentes grupos, a fim de ensinar a importância de respeitar as diversas culturas por meio do contato direto com seus atores sociais. Além disso, o Ministério da Cultura deve incentivar a quebra de esteriótipos na mídia, com o intuito de apresentar a mesma retratação a negros e brancos, pela promoção de debates entre sociólogos e professores de história com diretores de programas televisivos, em que estes mostrem a importância da representatividade igualitária na luta contra o preconceito.