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Enviada em: 13/08/2018

Ao atuar como uma das três leis newtonianas, a lei da inércia afirma que um corpo tem tendência a permanecer em constante repouso ou movimento retilíneo e uniforme, até que efetue sobre ele uma força de intensidade suficiente para a mudança de seu percurso. Sob esse viés, o racismo é um problema que persiste na sociedade. Logo, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais expressiva pela população. Com isso, em vez de atuar como a força necessária para a mudança de rota desse, a ausência de educação dos indivíduos aliada à intolerância deles, contribuem para a intensificação de tal problemática.      A princípio, é indubitável que a falta de ignorância dos indivíduos seja uma das principais influenciadoras para com a persistência do racismo na sociedade brasileira. Isso acontece porque, de acordo com o importante filósofo prussiano Immanuel Kant, o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele. Com isso, constata-se que o indivíduo é dotado de ignorância, haja visto tamanha discriminação com outro, por sua cor. Algo deplorável, se considerado que o artigo 3 da Constituição Federal de 1988, que concerne no bem de todos os cidadãos, sem preconceitos, está presente apenas no papel e não no factual.        Considera-se, também, a intolerância do homem como uma forte impulsionadora do problema no corpo social. O renomado poeta italiano Giacomo Leopardi, ao relatar que nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a própria intolerância, faz uma crítica àquela parcela da população que não tem capacidade de suportar aquilo que o outro faz ou é. Infelizmente, algo deplorável, tendo em vista que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade da população, 54%, é negra, uma vez que, estes sofrem ou já sofreram algum tipo de sectarismo racial.              Torna-se, portanto, evidente que ainda existem entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de uma nação melhor. Diante disso, é dever do Governo, por meio de investimentos na educação, melhorar a qualidade de ensino dos cidadãos, a fim de que não estejam sujeitos a praticar tais ações com o próximo. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) fomente nas escolas, campanhas e palestras que discutam o combate ao racismo, com o intuito de amenizá-lo. Tais agirão como a força essencial para a mudança de trajeto do problema, com isso, auxiliará para a formação de um tecido social mais justo e igualitário.