A Igreja, no século XVI, caracterizava os negros como seres sem almas, aptos para a escravidão em conjunto do trabalho braçal e, de modo que apresentava grande influência na sociedade, os ideais impostos pelos seus cardeais eram seguidos de forma séria que, por conseguinte, uma corrente racista perante o mundo começa a se enraizar. Diante disso, o Brasil, que foi colonizado pelos portugueses, na mesma época, foi alvo da maior concentração de escravos na América Colonial e, consequentemente, em vista da grande supremacia e intolerância europeia à frente etnia africana, os negros, até então, passaram a ser vistos com inferioridade e ódio, ambos ainda persistentes, na sociedade brasileira. Convém lembrar, que, o regime de segregação racial, conhecido como Apartheid, ocorrido na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca, quando comparado ao Brasil, esse processo, embora suceda de forma mais apassivada, não deixa de manifestar a grande divisão racial acrescida nas mentes nacionais. Ademais, pode-se perceber, que, a pluralidade dos negros se encontram em condições cuja pobreza é predominante, esses cenários, de acordo com o Ministério da Saúde, são encontrados nas periferias das grandes metrópoles ou, até então, em comunidades rurais, carentes de hospitalização, onde o desenvolvimento de problemas de saúde são estipulados com desvalorização em razão da primazia da comunidade branca. Sob outra perspectiva, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 8,1% da população brasileira, se autodeclara negra. Isto posto, é nítido que, por motivo do grande preconceito sofrido, muitos habitantes negros querem fugir de suas próprias características com o propósito de adquirirem melhores opções de emprego ou de uma melhor aceitação social em um universo predominantemente branco. Contudo, a persistência do racismo na sociedade, viabiliza, para o grupo, grandes discursos de ódio contra ambas as raças e, dessa maneira, fomenta gradativamente a exclusão racial prevalecida no território e, consequentemente, a dificuldade de interação e convívio entre as etnias. Infere-se, por conseguinte, que a obstinação do racismo no Brasil deve ser extinguida. Cabe aos Ministérios da Educação e do Trabalho, trabalharem juntos para que seja realizada uma análise ainda mais criteriosa das proporções populacionais nas áreas de ofício e, desse modo, proporcionar melhores condições de trabalho e de educação em áreas de grande concentração da raça negra cuja pobreza se faz com suma presença e, consequentemente, para que seja evitado o processo de segregação étnica. Ademais, o Estado deve investir na implantação de obras artísticas públicas nas praças, que visem a valorização da cultura negra no país, ao ter com o objetivo a redução gradativa da intolerância racial.