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Enviada em: 17/10/2018

Em 1948, na África do Sul, foi instaurado um regime separatista chamado de Apartheid, que isolava a população negra, que eram proibidos de frequentar os mesmo bares, lojas ou meios de transporte que os branco, eram obrigados a viver em zonas residenciais segregadas e não tinha direito ao voto. Tal regime só foi abolido devido à luta contra essa opressão por pessoas como Nelson Mandela, que ficou preso por muitos anos. Porém, o racismo persiste na sociedade brasileira, devido a constante segregação da população negra, tanto economicamente como socialmente, justificada por ideologias racistas ainda presentes na nossa sociedade.    Primeiramente, os negros compõem a maioria da população brasileira, 53% de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) porém tem índices de desemprego, analfabetismo e pobreza maiores do que a média, evidenciando uma educação de baixa qualidade que não é capaz de fazer com que a população negra supere as diferenças sociais. Além disso, a baixa representatividade política por afrodescentes que ocupam apenas 18% do cargos políticos, de acordo com TSE (Tribunal Superior Eleitoral), contribuem para o aumento da desigualdade política no Brasil.    Ademais, devido ao Brasil ter sido o último país ocidental a abolir a escravidão o preconceito racial se faz muito presente na nossa sociedade, evidenciado pela mídia e os estereótipos com que os negros são tratados, contribuindo para sua marginalização. Tal preconceito não tem nenhuma base racional e científica, visto que biologicamente negros se diferenciam apenas por uma maior concentração de melanina na pele, à tornando mais escura. Não existe o conceito de raça entre a espécie humana, porém o racismo continua matando no Brasil, chamando a atenção até mesmo da ONU (Organização das Nações Unidas) que aponta esse problema existente na sociedade brasileira.   Se faz necessário, portanto, atitudes que visem diminuir o racismo no Brasil e proporcionar uma maior igualdade social para os negros, como assegurado na Constituição Brasileira de 1988, em que todos são iguais perante a lei e o racismo é crime inafiançável. Para tal, o MEC (Ministério da Educação) deve implementar políticas específicas para garantir uma educação de qualidade à pretos e pardos, com escolas públicas de qualidade e fácil acesso a essa população, pois só assim o ciclo de exclusão á que estão presas a gerações possa ser quebrado. Só com o reconhecimento da dívida histórica que o Brasil tem com a população afrodescendente é que o racismo poderá ser combatido.