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Enviada em: 01/11/2018

Depois de vinte anos de ditadura, a mobilização nacional conquistou a redemocratização do Brasil, culminando com a Constituição "Cidadã", em 1988. Aquele contexto propiciava uma solução para o racismo. No entanto, ao ser analisado os últimos trinta anos, constata-se que a persistência do preconceito contra os negros se deve, principalmente, pelo histórico cultural brasileiro em consonância com a falta de educação no país.      Primordialmente, é notório que o racismo tem raízes históricas. Nessa acepção, com o inicio do processo de colonização, no século XVI, houve uma busca incessante por mão de obra barata, o que intensificou o lucrativo tráfico negreiro realizado no continente africano. Assim, os europeus trouxeram a ideologia dos negros serem inferiores e,portanto, deveriam ser escravos dos brancos, considerados superiores na lógica europeia. Destarte, os provectos fatores histórico-culturais advindos do eurocentrismo em consonância com a natureza humana, explicada por Thomas Hobbes, de exclusão do diferente, coíbem no preconceito hodierno.        Outrossim, é evidente que a falta de educação no brasil dá subterfúgio ao óbice. Nesse sentido, verifica-se que em países com elevados índices educativos, como Noruega e Suíça, há uma intensa inclusão social de pessoas negras, haja vista que os pais e as escolas conscientizam,de forma efetiva, os alunos sobre o respeito à diversidade sociocultural. De maneira análoga, segundo Helen Keller, escritora norte-americana, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Sendo assim, para diminuir o preconceito, torna-se essencial uma educação de qualidade nas instituições brasileiras.       É indubitável, portanto, que medida são necessárias para a amenização do racismo no Brasil. Assim, aos órgãos governamentais,cabe, através do Ministério da Educação, promover campanhas publicitarias e palestras - em escolas, universidades e espaços públicos- efetuadas por psicopedagogos que explicitem a importância do respeito aos negros e como isso pode mudar o seu cotidiano. Ademais, o Poder Legislativo deve, por meio da aprovação de emendas constitucionais, aumentar a efetividade e penalidade daqueles que cometem discriminação, no intuito de diminuir os casos de atos discriminatórios no Brasil. Sob tal enfoque, poder-se-á assegurar a todos os cidadãos, como previsto na Constituição, o direito à igualdade e ao bem estar social.