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Enviada em: 02/11/2018

No Brasil, o racismo ainda persiste, e não deve ser visto, hodiernamente, apenas como uma questão de segregação, mas também como uma questão de desigualdade, que apresenta razões inadimíssiveis. Destarte, a sociedade brasileira por mais miscigenada que seja, é essencialmente racista, e carece de mudanças. Nesse sentido, é irrefutável que ocorra uma remodelação nos projetos governamentais, midiáticos e escolares, afim de mitigar essa nociva situação.       Em primeira análise, concientizar no meio escolar e midiático acerca da marginalização dos negros, é um dos caminhos imprescindíveis para combater tamanha mazela, uma vez que do contrário pode ocorrer o esquecimento das lutas negras por igualdade, como ocorre quando se cria o mito da Democracia racial. No que concerne a este contexto, é mister buscar em dados  Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística e do Forum Brasileiro de Segurança Pública, o enredo para a compreensão desse problema, já que mostram que 71% das vítimas de homicídios são negras, e que apenas 34% dos estudantes universitários brasileiros são negros. A exemplo, cabe aludir Fábio Brazza em sua música País de poucos, onde diz "Senzala virou favela", mostrando que os negros após tanta lutas, continuando sendo marginalizados. Em síntese, os dados assim como a música mostra que o preconceito racial é essencialmente voltado aos negros, persistindo na sociedade brasileira.            Em segunda análise, é importante explanar a segregação racial em um viés histórico, o qual remete ao Periodo colonial. No que tange a essa problemática, vale ressaltar que os negros conquistaram o fim da escravidão em 1888. Todavia não houve uma política de inclusão social dos ex-escravos recém livres, resultando na dispersão para ambientes hostilizados e empregos subalternos. Com efeito, é preciso buscar no período de Segunda Guerra Mundial o argumento para a compreensão daquele problema, visto que foi dissolvida uma cultura eugênica que inferiorizou a população negra, já inferiorizado após a escravidão. Em verdade, é notório que o racismo é um fato histórico, e que este cenário necessita de mundanças, pois como disse Bob Marley "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra".       É necessário, portanto, que o Governo Federal trabalhe junto à mídia e à escola com designo ao combate à cultura racista brasileira. Para tanto, o Governo Federal por meio de investimento em ciência e tecnologia no ensino fundamental público, deve garantir o ingresso no ensino superior para a população negra. Ademais, por meio de novelas e filmes com protagonistas negros, deve servir como ferramenta de inclusão social. Por fim, a escola, mediante à campanhas engajadas com foco no combate ao racismo, deve promover uma reeducação racial.