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Enviada em: 19/11/2018

De acordo com artigo 3° da Constituição de 1998, um dos objetivos fundamentas da Republica Federativa do Brasil é promover o bem estar de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Entretanto esse artigo não é posto em pratica, uma vez que, na sociedade, existe aversão àqueles que possuem um etnia ou cultura diferente por considerá-la inferior ou menos capaz. Nesse contexto, cabe analisar como a herança-cultural e o governo contribuem para esse imbróglio.     A herança histórico-cultural é a principal responsável pelo preconceito racial. Antes de tudo cabe ressalta que esse preconceito e o racismo afeta não só a etnia negra, como também, é sofrido por outras etnias. Isso ocorre porque a formação social das culturas brasileiras se baseia no etnocentrismo europeu encontrando, assim, raízes históricas. Prova disso foi a imposição cultural de beleza, estilos musicais, vocabulário ou hábitos aos nativos em detrimento de todos os outros aqui existentes. Esse preconceito ao longo da historia foi retrato de diversas formas em livros, revista e principalmente na literatura como a de Aluízio de Azevedo na obra O Mulato, em que retrata o preconceito vivido pelo personagem Raimundo, onde é negada a mão de amada simplesmente pelo fato de descendente de escravos. Tal conduta, além de demonstrar o preconceito enraizado mostra a necessidade de um ensinamento e um pensamento mais étnico na população.     Atrelada à herança histórico-cultural, a negligência do poder publico também causa esse preconceito. Isso ocorre porque medidas de políticas publicas que visam combater a desigualdades sociais entre negros e leis que criminaliza a discriminação por raça ainda são pouco efetivadas. Prova disso é um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que analisando casos registrados entre 2005 e 2015 constatou que 71% das vítimas de homicídios no Brasil são negras. Em consequência há menores oportunidades que os negros e outras etnias possuem em relação aos brancos, isso em todos os setores, como educação, segurança e saúde. Apesar de visíveis os avanços ocorridos devido às políticas que pretendem promover a igualdade racial, como a politica de cotas que objetiva uma maior integração dos negros às intuição de ensino superior e cargos públicos, fica evidente a necessidade de uma maior ampliação de medidas ao combate à desigualdade.    Sendo assim, o Ministério da educação em parceira com as escolas deve promover projetos pedagógicos, com debates e palestra, que promovam o respeito às diferenças e ajude a desconstruir o preconceito na sociedade. Igualmente, o Ministério Publico em conjunto com o Congresso Nacional deve vota um projeto de lei que criminalizem qualquer tipo de preconceito afim de mitigar tais mazelas. Só assim caminharemos para inclusão social digna de um pais desenvolvido.