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Enviada em: 24/01/2019

Muito se tem discutido, recentemente, acerca do preconceito racial, todavia, é um problema ainda presente na sociedade brasileira. Essa situação é resultado inegável do processo histórico, político e social do país. Assim, entre os fatores que alicerçam essa problemática, pode-se facilmente destacar o mercado de trabalho excludente, juntamente com a desigualdade educacional.         Dessa forma, é importante destacar que o mercado de trabalho vincula negros a cargos subordinados, economicamente inferiores. Esse cenário ocorre porque em meados do século XVI, quando os portugueses trouxeram para o Brasil afrodescendentes, a mão de obra era escrava e os indivíduos subalternos. Originando assim, uma cultura que pressupõe como importante a quantidade de melanina presente na genética. Exemplo dessa realidade pode ser evidenciado por pesquisas realizadas pelo Instituto Ethos, o qual mostra que mais de 95% dos cargos de alto escalão do país são ocupadas por pessoas de cor branca.         Além disso, é notório a dificuldade de inserção dos negros na área educacional. Embora tenha sido criado programas de bolsas e cotas, o analfabetismo no Brasil é muito maior por parte da população negra em comparação aos brancos. Em suma, as cotas raciais classificam os indivíduos como incapazes intelectualmente a ponto de necessitarem de favorecimento. Quando a realidade é a condição financeira que faz com que o aluno tenha que escolher entre trabalhar e estudar. Ilustra-se claramente esses fatos se verificar uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), divulgando que negros têm maior índice de insucesso escolar, chegando a 53% a taxa de abandono.          Assim sendo, o governo deve ampliar vagas e investigar o motivo pelo qual o mercado de trabalho é composto em sua maioria por brancos, visto que, 50% da população do país é negra. Simultaneamente, investir recursos financeiros em escolas públicas das periferias para que essas tenham o mesmo nível de educação que um colégio de bairro nobre.