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Enviada em: 09/03/2019

De acordo com o escritor Ferreira Gullar "ser negro no Brasil não é fácil". Esse pensamento pode ser ratificado ao analisarmos a história do nosso país e seus três séculos de escravidão negra que geram problemas até os dias hodiernos. Há, ainda, uma visão míope acerca dos negros que os coloca em um nível inferior às demais raças, tornando a democracia racial apenas um mito e prejudicando um verdadeiro desenvolvimento social.    Primeiramente, convém dizer que, mesmo sendo camuflada, há uma enorme desigualdade social e econômica gerada pelas diferenças raciais no Brasil. Tal fato pode ser comprovado pelos dados de uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, que apontam um ganho para os negros de apenas 59,2% do rendimento dos brancos. Outrossim, a mesma pesquisa demonstra que o percentual de assassinatos de negros é 132% maior que o de brancos.     Essa conjuntura pode ser explicada por uma problemática advinda da era colonial escravocrata que não foi solucionada nem mesmo por uma lei, criminalizando o racismo, prevista na Constituição de 1988. Tal situação faz com que indivíduos com um grande potencial sejam maltratados, humilhados, segregados e zombados apenas por terem uma quantidade de melanina maior em seus organismos. Dessa forma, a população brasileira está em constante conflito, o que impede um maior desenvolvimento de nossa sociedade.     Infere-se, portanto, que é necessária a existência de uma igualdade racial no Brasil. Para isso, o Ministério da Educação deve promover nas escolas um projeto que contenha atividades lúdicas, apresentações artísticas e palestras demonstrando a importância dos negros em nossa sociedade e desfazendo uma visão preconceituosa gerada ao longo do tempo. Ademais, tendo em vista que atividades culturais geram grandes resultados, cabe à Mídia divulgar, por meio de propagandas, tal projeto, a fim de que não só os estudantes, mas todos enxerguem os negros com igualdade. Somente assim, a democracia racial deixará de ser um mito.