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Enviada em: 26/03/2019

Sabe-se que, o Brasil foi o último país da América Latina a abolir a escravidão, realizando-a então em 1888 com a Lei Áurea. No entanto, essa lei existe perfeitamente na escrita e não, desejavelmente, na prática, uma vez que a persistência do racismo no corpo social brasileiro afeta de forma visível os indivíduos ligados à essa tardia abolição.  Com isso, a problemática segue ligada à realidade do Brasil, ora por fatores históricos enraizados, ora pela ineficácia do governo nesse assunto.    A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se ao forte preconceito moldado após o fim da escravidão. A respeito disso, cabe citar que, no período após a abolição da escravatura, os ex-escravos - que em grande parte eram negros - foram atirados na sociedade sem quaisquer suporte ou adequações ao meio inserido, fazendo assim com que grande parte desses indivíduos, fossem submetidos a situações de extrema exploração e discriminação. Consequentemente, uma sensação de superioridade foi criada na sociedade em relação a essas pessoas, bem como, o sentimento de rejeição.    Vale ressaltar também, que essa situação é corroborada pela ineficácia do governo na garantia dos direitos desse povo. Segundo o filósofo Aristoteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. No entanto, nota-se que o Estado rompe com essa perspectiva, pois, conforme informações do IBGE, entre as pessoas mais pobres no Brasil, 3 a cada 4 indivíduos, são negros. Diante disso, comprova-se a ideia de que, sim, existe uma diferença absurda entre as classes raciais no Brasil, em que os negros, são os maiores prejudicados.    Assim, de acordo com o filósofo Rene Descartes, não existem soluções fáceis para problemas difíceis. É fundamental, portanto, que o Estado, por meio do Ministério da Educação e em parceria com a mídia, promova propagandas a respeito da importância que os negros exercem sobre o corpo social brasileiro e o quão necessário é o reconhecimento e valorização desse povo, que tanto contribuiu para a formação desta nação. Ademais, ainda por ações governamentais, cabe ao Poder Judiciário, fiscalizar os direitos desses indivíduos, que por lei, assegura igualdade e segurança aos mesmos, para que de forma correta possam competir de igual para igual com os demais cidadãos e por fim, ocupar cargos que de forma justa, podem ser ocupados por eles. Com a união dessas ações, espera-se que a sociedade alcance o respeito e reconhecimento que os negros merecem, assim como, alcancem também, cargos importantes em seus trabalhos, com intuito de diminuir esse triste caso de desigualdade existente no Brasil.