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Enviada em: 05/05/2019

Retrocesso        Hodiernamente, o racismo perdura na população brasileira. Os principais alvos desse ódio são os indivíduos de descendência africana. Isso resulta dos resquícios da antiga sociedade monárquica escravista presentes no pensamento retrógrado. O preconceito é acentuado em um meio onde o "eu" vale mais que o "outro".         Em primeiro lugar, a instauração da monarquia após e independência do Brasil foi palco do auge da exportação do café, produto o qual se utilizava mão de obra escrava. Desta forma, para que a exploração do negro ocorresse, foi promovida a animalização desse indivíduo socialmente, somado a desvalorização da cultura africana. No modelo de sociedade da época, os "Homens bons" se caracterizavam por serem brancos, do sexo masculino, de origem portuguesa, donos de terras e chefes de uma família patriarcal. Com a Lei Áurea, em 1888, houve a libertação dos escravos, mas a mente da população continua aprisionada à valores preconceituosos.      Em segundo lugar, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro "Modernidade líquida", caracterizou a sociedade atual como volúvel e vazia, a qual tudo pode ser liquefeito, desde aparelhos eletrônicos e móveis, à relacionamentos amorosos e de amizade. Assim, o ser humano perde seu valor em prol do egocentrismo. Como consequência, há um aumento nos inócuos discursos negativos e nas agressões a àqueles culturalmente e etnicamente diferentes aos padrões europeus. O respeito entre desiguais torna-se ausente e o ódio aos de origem africana é acentuado.      É necessário, portanto, que a intolerância étnica seja combatida. desta maneira, a falta de representatividade nos poderes Executivo e legislativo de pessoas afro-descendentes deve ser resolvida por meio de cotas raciais para cargos políticos. Somado a isso, as escolas devem incentivar o respeito às diferenças, ensinando um pouco sobre a cultura dos principais povos que formam a sociedade brasileira, além de promover palestras socioeducativas. Ademais, os meios midiáticos devem trabalhar casos de preconceito e discriminação em seus programas televisivos e promover a aceitação. Como resultado, o convívio em harmonia e o bem-estar social prevalecerá.