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Enviada em: 05/05/2019

O racismo no Brasil e a persistência cultural do preconceito                               O racismo no Brasil é um problema hodierno combatido por vários movimentos sociais. Apesar de a escravidão ter sido abolida em 1888, o preconceito com relação às pessoas de cor ainda é forte, sendo que essa prática segregou muitos. Dessa forma, as políticas públicas adotadas pelo Estado, como a criação de tipos penais, penas mais altas, programas de conscientização, não surtem os efeitos esperados, sendo que essa questão precisa de uma solução.                                Nesse contexto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 8,2% da população se reconhece como negros e 46,7% como pardos. Isso significa que a maioria sabe que possui essas características fenotípicas. Todavia, mesmo assim o racismo persiste. Esse fato é motivado pelos traços culturais que compõe a sociedade, haja vista que a escravidão foi aceita por muito tempo no Brasil. Ademais, essa situação social perdurou por vários anos, uma vez que não foram adotadas políticas públicas para absorção deles na sociedade após a abolição.                               Além disso, é no cotidiano que casos de racismo ocorrem, como o fato relatado pela Rede Record, no programa Domingo Espetacular, em que Maria Francisca, moradora do Leblon, cometeu o crime de injúria racial contra um gerente de supermercado. Essa mulher, em entrevista, relatou que não tinha a intenção de ofender ao dizer para o homem “volte para a senzala”. Todavia, atitudes como essa comprovam que alguns brasileiros, mesmo de forma inconsciente, são preconceituosos com relação às pessoas de cor.                         Em última análise, é possível mencionar que muitos grupos sociais e associações buscam o fim das desigualdades entre negros, pardos e brancos. Um exemplo é a Associação do Negro Brasileiro, que luta pelo fim da discriminação racial no país e apoia as cotas em universidades. Esse movimento também ajudou na criação do Estatuto da Igualdade, que foi aprovado em 2010, e que é aplicado no dia a dia dessas pessoas.                              Portanto, em virtude dos argumentos apresentados, é possível concluir que o racismo é um problema cultural no Brasil. Dessa forma, para solucionar esse problema, o Estado, por meio dos professores que trabalham em escolas municipais, poderá realizar uma semana de atividades que envolvem a história e cultura negra. Esses trabalhos terão como enfoque o estudo de grandes personagens de referência africana e brasileira, como Machado de Assis, Cruz e Sousa, Pelé, Mandela, entre outros. Ao final, os alunos do primeiro ao quinto poderão participar de um concurso de redações com essa temática. Essa medida auxiliará na prevenção do preconceito contra os negros.