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Enviada em: 05/05/2019

Durante o período colonial brasileiro, a maior parte da mão de obra do país era composta por escravos que, em geral, eram negros. Esses não possuiam direitos básicos e eram tratados como objetos, alem de sofrerem diariamente preconceito por conta da sua cor de pele e de seus traços fenotípicos. Com a abolição da escravidão em 1888, a liberdade dessa parcela da população foi garantida. Entretanto, o racismo que existia no brasil colonia ainda se encontra enraizado na sociedade braileira. Destarte, torna-se necessário analisar as razões que tornam essa problemática uma realidade nos dias atuais.       Em primeiro lugar, é imprescindível notar que existe uma visão eurocêntrica que rege o mundo, aonde os valores e padrões europeus são ressaltados em detrimento de outras culturas. Esse tipo de pensamento é um reflexo de teorias como a do "darwinismo social" criado pelo filósofo inglês, Herbert Spencer. Segundo sua ideia, certas sociedades e raças são superior as outras, e portanto devem se sobressair enquanto as outras deixariam de existir. Esse conceito foi utilizado para justificar o imperalismo europeu na África e na América do Sul, que tinha como objetivo "civilizar as"raças inferiores". Assim, é possivel perceber uma grande influência, mesmo que de forma inconsciente, desses ideais na sociedade contemporânea, e que, consequentimente, ajudam a propagar ideiais racistas no Brasil.       Em segundo lugar, é nítido a falta de representatividade dos negros na mídia. Segundo um levantamento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), dentre os filmes nacionais analisados por eles, apenas 31% tinham no elenco atores negros, quase sempre interpretando papeis associados à pobreza e criminalidade. Posto isto, é evidente que a mídia brasileira possui uma parcela de culpa, pois auxilia na propagação de estereótipos racistas, sem consciência de seu papel como formador de opiniões.       Infere-se, portanto, que combater o racismo é um grande desafio. Assim sendo, a família,  juntamente com as escolas, deve atuar em favor do bem comum, por meio de projetos que incentivam o combate contra o racismo, como palestras educativas sobre o efeito do racismo e discussões levantando Questões como a necessidade da valorização da cultura afro-brasileira, a fim de garantir um diálogo sobre esse assunto pertinente. Ademais, o governo federal, mais especificamente o poder legislativo, deve criar um programa de leis que demanda a representatividade negra nas novelas e nos filmes, com intuito de colocar mais negros como protagonistas invés de apenas como criminosos ou domésticas. Feito isso, o racismo será algo encontrado somente nos livros de história.