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Enviada em: 06/05/2019

O Brasil e o racismo.       O racismo teve início na Idade Média através da apologia de superioridade de raças, implantada pelos europeus com o intuito de branqueamento da população. Entretanto, somente em 1951, com a Lei Afonso Arinos, os primeiros conceitos de racismo passaram a ser definidos no Brasil. A prática do racismo foi estabelecida como crime na Constituição de 1988 e, a partir de então, passou a ser legalmente combatida. É interessante ressaltar que, no Brasil, 97% das pessoas se declaram não ter preconceito de cor, apesar de relatarem que conhecem alguém próximo com atitude discriminatória. O racista é sempre o outro.       Entretanto, embora os negros representem metade da população brasileira, dificilmente deparamos com profissionais das diversas áreas de cor negra, além de terem renda mensal inferior a dos brancos. Percebe-se que, após 131 anos da abolição da escravatura, os avanços no combate ao racismo caminham a passos aquém do desejado, porém, importantes conquistas vêm sendo alcançadas. As comunidades e os governantes vêm demonstrando sensibilidade no combate ao racismo, visando fortalecer os negros e inseri-los, de fato, na sociedade. Uma ação consistente foi a criação da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, em 2003, que prevê a aplicação de políticas públicas voltadas para a população negra. De acordo com Belchior, essas ações diminuem o sentimento de exclusão e promovem um encorajamento da população negra.       Conectar os negros e os brancos é um desejo com maior chance de êxito se for semeado a parir da população jovem. Adicionalmente, o sistema de cotas, para o ingresso nas universidades, deve ser mantido, pois promove a redução do viés da segregação racial. Todos temos que contribuir, cobrando de nossos governantes políticas de integração desde a base do ensino fundamental, dando reais oportunidades iguais a todos. Somente a integração, que deve ser promovida em todos os ambientes sociais, promoverá a redução do preconceito e da segregação racial.