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Enviada em: 29/05/2019

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 54% dos brasileiros declaram-se pardos ou negros. Diante desse fato, questiona-se o racismo em uma sociedade de minoria branca. Contudo, dados atuais mostram que a violência atinge a população negra com maior intensidade, advinda do preconceito enraizado já na época do Brasil Colônia.        Nesse sentido, segundo um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro, com base em dados de 2005 a 2015, cerca de 71% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. Prova disso são os noticiários de televisão que, em sua grande parte, retratam as situações de violência nas favelas, local de maior concentração de negros. Perante essa situação, notar-se-á que a pobreza também possui menor afluência na população branca. Conforme dados do IBGE, entre as pessoas mais pobres do país, três a cada quatro são negras.        Obliquamente, é notório que essa exclusão tem sua origem na época da servidão. Posto que, mesmo com a criação da Lei Áurea em 1888, que abolia a escravidão, o povo liberto não encontrou qualquer apoio para sua reestruturação na sociedade. Contudo, a minoria branca concretiza a ideia de superioridade, ainda que todos sejam iguais perante à lei. À face do exposto, percebe-se um grupo prejudicado em todos os segmentos da sociedade.        Sendo assim, há a necessidade de intervenção nessa atitude. Logo, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve reformular a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adicionando conteúdos sobre a história negro-africana, garantindo que as crianças compreendam a origem de toda a sociedade e diminuindo o preconceito por parte dos pequenos. Além disso, o Ministério da Segurança deve propor campanhas que aumentem a vigilância das favelas e dos grandes centros, evitando a violência. Pois, como dito por Martin Luther King, "Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele".