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Enviada em: 05/06/2019

Solomon Northup, protagonista do filme "12 Anos de Escravidão", é um negro livre, que foi sequestrado e vendido como escravo, por conta de ser negro. Entretanto, quando se observa a questão da persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea, é verificado que a realidade não é muito distante da ficção. Nesse contexto, percebe-se um grave problema de contornos específicos, o qual ocorre não só devido à negligência do governo, mas também a falta de identificação étnica.       Convém ressaltar que, embora a Constituição Federal garanta que todo cidadão é igual independente da sua raça ou etnia, a realidade é o oposto. Segundo o Atlas da Violência 2017, a população negra também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios. Logo, é verificado que os princípios constitucionais encontram-se deturpados à medida em que o governo não assegura a prevenção contra a discriminação dos negros, que por conta de falta de impunidade e de ausência de assistência especializadas, não consegue impedir de forma eficiente a propagação do racismo, principalmente na forma de violência, fazendo a população padecer por conta dessa falta de prestabilidade.        Outrossim, evidencia-se a falta de identificação étnica como impulsionador para o problema. Consoante Paulo Freire, quando o conhecimento não é libertador, o sonho do oprimido é sempre opressor. Nesse cenário, em uma população com carência no conhecimento sobre a história e cultura das pessoas negras corrobora para a prorrogação do racismo, uma vez que não proporciona a identificação da etnia do próximo, fortalecendo a opressão e inferiorização dos negros.        Mediante o exposto, fica claro que medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Portanto, cabe ao Ministério da Justiça divulgar a existência das leis e suas respectivas punições contra racismo, por meio de comerciais que serão divulgados nos meios de comunicação, com intuito de acabar a discriminação com as pessoas negras, e consecutivamente, punir os opressores.  Ademais, incumbe ao Ministério da Educação inserir na grade curricular das escolas disciplinas obrigatórias sobre a história dos negros, por meio de aulas expositivas e também em forma de teatro, dança e música, com finalidade de promover a intensificação cultural. Assim, o racismo será atenuado e situações desagradáveis como a do Solomon Northup na ficção não acontecerá na realidade.