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Enviada em: 12/07/2019

A persistência do racismo na sociedade brasileira       Em 1888, foi promulgada a Lei Áurea, responsável por abolir a escravidão no Brasil. Conquanto, o racismo advindo dessa época permanece até hoje. Nesse sentido, ainda é um enorme desafio ultrapassar a desigualdade racial no país.       Como consequência de uma abolição tardia, pessoas negras historicamente encontram-se nos piores postos de trabalho, e são constantemente excluídas de representações nos livros e nos meios de comunicação. Como a população do Brasil é  metade negra, os cargos deveriam ser parcialmente divididos. Porém, segundo dados do IBGE, os negros são 64,2% dos desempregados, embora representem 55,7% do total da população. E de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Ethos, os negros ocupavam apenas 6,3% dos cargos de gerência, 4,9% dos cargos em conselhos de administração e 4,7% do quadro executivo em 2016. Diante do exposto, é inadmissível que medidas não sejam tomadas.       Faz-se mister, ainda, salientar a violência contra negros como forma de manifestação do racismo. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os negros representam 71% das vítimas de homicídio, e  entre os mortos nos homicídios registrados de 2005 a 2015, o número de brancos caiu 12%. E o de negros, aumentou 18%. É consenso que o problema é racial, e deve ser reconhecido como tal.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. A participação de todos, é relevante. Apenas lutando e reconhecendo o racismo, será possível enfrentá-lo com recursos e políticas de Estado. E ele, por sua vez, deve investir no ensino fundamental público, no qual a maioria dos alunos é negra. Espera-se assim, que temas como desigualdade sejam debatidos em sala, com profissionais aptos, para que dessa forma uma sociedade mais justa seja alcançada. Como Nelson Mandela dizia: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."