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Enviada em: 15/04/2017

A persistência do preconceito racial após a Lei Áurea evidencia que a escravidão não foi superada. A disseminação de ideias racistas no âmbito virtual, por exemplo, alude para a inferioridade do negro. Nesse contexto, deve-se questionar: por que ainda há insistência em manter diferenças sociais?     Em 2008, a nomeação de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos surpreendeu o mundo. Esse acontecimento pôs em questão a superação do racismo. Entretanto, pode-se afirmar que, embora seja um acontecimento válido para a luta contra a segregação racial, isso ainda não venceu essa doença insidiosa moral e social que ainda percorre a esfera mundial espalhando ódio entre os indivíduos.    Além disso, a propagação de conceitos racistas nas redes sociais é crescente. Em 2015, pôde-se constatar que inúmeros casos de "cyberbullying" tratava-se de ofensas aos negros. A exemplo disso, está o cenário de Sheron Menezes, que foi alvo de ataques em seu perfil, recebendo comentários como: "Munição de churrasqueira". Ademais, há grupos como "skinheads", que pregam esse tipo de assédio, o que facilita sua proliferação. Em razão disso, atitudes como essas dificultam a superação do período escravista e o fim da discriminação racial.     O empenho que há em continuar com essa concepção é explicada pela idealização da superioridade herdada pelos colonos europeus, os quais dominaram sobre os negros durante um longo período. Fato esse que colabora para sua persistência. O Brasil, o qual foi o último país a abolir a escravidão, por exemplo, é um país miscigenado, mas é comum presenciar pessoas a explicar sua cor: "peguei muito sol". Todavia, são pardos, e apenas não aceitam sua raça e suas origens.    Logo, entende-se que a persistência do preconceito racial deve-se a ideia de superioridade ainda existente. Portanto, há urgência em quebrar esse conceito. Desse modo, o Ministério da Educação deve promover campanhas nas escolas e universidades que abordem esse tema, a fim de buscar a diminuição do racismo no país. O Ministério da Justiça, em seu poder, deve estabelece leis que condenem crimes realizados via internet e fortalecer punições para atenuar a gravidade em insultar os outros pelo seu tom de pele. Para mais, organizações não governamentais em conjunto com a sociedade deve incentivar a valorização da cultura negra, com debates em escolas e em espaços públicos, para então, avançar na luta contra a discriminação racial.