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Enviada em: 15/06/2017

Apesar da própria biologia negar que haja diferença entre os humanos que possa dividi-los em raças, é cristalino que no Brasil temos comportamentos desrespeitosos por parte de alguns que tentam desmerecer aqueles que têm origem afro-descendentes. Se entrevistados, poucos reconhecerão que sejam racistas, mas as evidências mostram que o preconceito contra o negro não se extinguiu com a abolição da escravidão no fim do século XIX.     Hoje, mesmo com uma constituição dita cidadã que diz que todos são iguais e com reprimenda legal a crimes de preconceito, o racismo se manifesta das mais variadas formas como, por exemplo, na adoção de crianças, situação em que a procura por crianças brancas é muito mais expressiva do que a procura por crianças negras. O caso em que o goleiro "Aranha" da Ponte Preta foi chamado repetidamente de macaco por torcedores do Grêmio não se trata de uma situação inédita. Está se tornando cada vez mais comum flagrantes em que atletas agem desrespeitosamente xingando adversários de forma a tentar diminuí-los por terem a pele escura. É comum vermos nos meios de comunicação flagrantes e/ou depoimentos de pessoas que receberam tratamento diferenciado da Polícia Militar simplesmente por não serem brancos. Raras são as situações em que podemos vislumbrar a cultura negra tendo espaço nos meios de comunicação. Quando líderes religiosos são chamados a eventos ditos ecumênicos, percebemos claramente que as religiões de raízes africanas são esquecidas, demonstrando nítido desrespeito.       Fica claro, portanto, a insistência de práticas preconceituosas e se faz necessária uma mudança de comportamento. Já no ensino infantil esse tema deve ser tratado com as crianças. O Governo Federal deve publicar campanhas de conscientização nos meios de comunicação. O Congresso Nacional deve propor mudanças no Código Penal, tornando as penas mais adequadas e, por fim, o brasileiro deve amadurecer e reconhecer que o respeito às diversidades tornará a convivência mais harmoniosa.