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Enviada em: 25/07/2017

O Brasil nasceu em meio a agitação mercantilista das potências europeias. Colonizado, nosso país passou a ser vítima de dois tipos de exploração: a econômica e a étnica. Milhares de índios dizimados, enquanto, com mão de obra escrava negra, nosso açúcar, ouro e café eram exportados para a metrópole, assim a nação foi construída e disso evidenciamos que o racismo é o motor da dinâmica social brasileira e sua persistência deriva do sistema econômico no qual esta terra desenvolveu-se.   Ao longo da formação do Brasil, vê-se que a posição do povo negro, mesmo após a abolição da escravatura, foi de inferioridade e alicerce sobre o qual a elite branca se manteve no topo da pirâmide social. Enquanto colônia, a escravidão negra assegurou os lucros da metrópole e dos senhores de engenho, logo após, sobre pressão do capital britânico, ela foi abolida sob completa indiferença do estado ao ex-escravos que passaram a ocupar os cargos menos remunerados, com condições semelhantes ao período de servidão e habitando as periferias da cidade. Logo, estruturalmente, a cor da pele passou a indicar a posição econômica dos brasileiros.  Ser preto, pardo ou indígena, ao longo da história do Brasil, virou sinônimo de ser pobre e esquecido. Contudo, a população vítima do racismo, sistêmico e de estado, é a mesma que sustenta toda a economia, opera as máquina, levanta os prédios, planta e colhe os alimentos, mas, pelo sistema que a inseriu numa posição de inferioridade e de falta de oportunidades, não tem acesso a sua produção, às universidades e às condições que permitem a ascensão social. O capitalismo, no país, levou o racismo para além da injúria étnica, mas, para determinante das desigualdades.  O estado deve corrigir seus erros históricos contra a população negra, parda e indígena com políticas de inclusão e afirmação, trabalhar na elaboração de leis e aplicação mais eficaz das já existentes de combate ao racismo e a sociedade pressionar os poderes públicos contra a impunidade