Materiais:
Enviada em: 07/08/2017

Em 1992, findava um dos instrumentos mais perversos regidos pela segregação deturpada das raças: o apartheid sul-africano. Tendo como expoente o icônico Nelson Mandela,a majoritária população negra pôde, ainda que de uma forma velada, se desvincular dos mandonismos oligárquicos. Uma inserção social incompleta fundida à preconceitos enraizados unilateralmente cerceiam a valorização da cultura afro como constituinte substancial do painel diversificado de dialetos,costumes e tradições. No Brasil, os vestígios de um passado colonial ainda legitimam uma atmosfera díspar, permeada de manifestações racistas. Nessa perspectiva, é emergencial a conversão desse quadro alarmante. Primeiramente, é plausível pontuar os reflexos dos errôneos ideais coloniais tangente ao contexto hodierno. O subjugo e submissão para com os cativos foram os pilares defendidos pelos europeus como estratégica própria dos domínios mercantilistas. Na contemporaneidade, injúrias e piadas aparentemente ingênuas corroboram com a situação calamitosa, a qual ainda não se desvincilhou do etnocentrismo pregado pelo homem do século XV. Assim sendo, torna-se emergencial a resolução da problemática,dada a igualdade étnica assegurada na Carta Magna de 1988,todavia não verificada com êxito nos parâmetros realistas.  Outrossim, observa-se o continuismo do racismo atrelado aos diversos âmbitos da atividade humana. De acordo com o jornal ''São Paulo Notícia'', em comparação aos soldos recebidos por trabalhadores brancos, o valor designado aos negros chega a ser diminuído em 30%. Desse modo, o dado alarmante ratifica uma organização social dicotômica, que não leva em consideração os princípios igualitários indispensáveis à construção de um convívio harmonioso, contudo privilegia setores tidos como hegemônicos e dignos da recepção de tais benefícios.  Dessarte, é imprescindível a conjugação da tríade governo, mídia e escola à atenuação do racismo em meio à nação brasileira. O Poder Público, por seu caráter e interventor, deve criar delegacias especializadas no atendimento de crimes que contenham manifestações racistas como principal constituinte, a fim de concretizar a eficiência do segmento legal no combate a essa faceta desonrosa. A mídia poderá exibir ficções engajadas exploradoras da real sociedade brasileira, impregnada com os resquícios de uma colonização devassa, a fim de haver reconhecimento da multiplicidade étnica e,assim, moldar na mentalidade cidadã o respeito inerente à configuração de um bem viver. A escola deve inserir em sua grade curricular aulas interdisciplinares de Ciências Humanas, visando ao levantamento de um panorama das condições sociais ofertantes de uma inserção secundária dos negro.Portanto,o racismo poderá ser diminuído.