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Enviada em: 01/09/2017

Como estar em "homeostase"?    O racismo, na sociedade brasileira, é uma realidade muito presente. Diariamente pessoas são vítimas dessa questão, especialmente negros. Assim, a persistência desse preconceito precisa ser analisada, tendo como centro duas questões: o legado histórico-social e o silêncio de quem é vítima. Com isso, medidas são necessárias para equilibrar o corpo social.      A priori, cabe destacar que o Brasil atual vive "resquícios" de acontecimentos históricos. Com a colonização brasileira, europeus, juntamente com a Igreja Católica, exerceram domínio sobre povos, como africanos, considerando-os inferiores e seus costumes, heréticos. Tal preconceito perpetuou na sociedade até a contemporaneidade, em ligação à ideia de Immanuel Kant, ao afirmar que a personalidade é condicionada à educação. Nesse ínterim, pensamentos racistas persistem em decorrência do legado histórico-social.          Por outro lado, a falta de denúncias é outro fator de permanência do racismo. Nesse contexto, nota-se que, ao ver a ineficiência no cumprimento efetivo das leis que combatem conceitos pré-determinados somado à pressão social, muitas vítimas de racismo não denunciam agressores, o que pode acarretar em doenças psicossomáticas além da impunidade de meliantes. Dessa maneira, quem se manifesta com esteriótipos permanece com essa ilusão, ficando em desequilíbrio o corpo social.           Com os argumentos supracitados, observa-se a necessidade de ações para a resolução do impasse. Para tanto, a Receita Federal deve passar parte dos impostos arrecadados à OAB, com o fim de disponibilizar advogados para vítimas combaterem juridicamente agressores. Isso deve ser feito com a ajuda de ONGs, mostrando a importância da denúncia em campanhas com cartazes e folhetos. Ademais, o Estado, baseado em Kant, deve investir em profissionais da educação, para darem palestras incentivando a tolerância. Tudo isso para que a sociedade fique em homeostase, no presente e no futuro, com a diversidade respeitada.