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Enviada em: 10/10/2017

A sociedade está hierarquizada em duas classes sociais apenas: a aristocracia, dona dos recursos da produção e das riquezas e a classe trabalhadora que por motivos ligados ao analfabetismo político imposto por uma mídia que desinforma e pela falta de esclarecimento, em geral, se divide e se enfraquece politica e socialmente por motivos diversos,  incluídos os econômicos e a cor da pele. Afinal de contas os quatrocentos anos de escravidão deixaram marcas profundas que ainda não foram apagadas e estão longe de  ser. Que o diga quem é negro e enfrenta do dia-a-dia o racismo velado, disfarçado, mas que pode explodir, por exemplo, em manifestações de ódio irracional tal como nos fatos observados nas arenas de futebol contra atletas. Nos aspectos ligados à formação das pessoas, a educação falhou em não ter incluído de forma obrigatória o estudo das relações afro-brasileiras de forma a fazer entender o legado que os negros trouxeram para a nossa cultura além de ser mão-de-obra apenas sem direitos e sem nenhum prestígio por parte da sociedade. Dessa forma todo um povo se viu privado de exercer a sua religião, seus costumes e foram marginalizados e entende-se por isso o receio por muito tempo observado até de se autodeclararem negros num simples censo demográfico. Os próprios descendentes nao tiveram no passado sequer escola e quanto mais a que lhes apresentasse a sua história vivendo sempre à margem da sociedade dominada por uma burguesia branca dominadora - dado que é dona dos meios de comunicação de massa- que em toda a sua produção de entretenimento ou não sempre coloca o negro num plano inferior da sociedade. Não existe uma maneira - legal ou gerencial - que extirpe a dor da rejeição de quem já viveu até hoje a exclusão, a opressão de quem tem o poder e se sente mais ou melhor também por ser branco. Porém, a manutenção e ampliação dos avanços tais como a política de cotas para as universidades públicas que deveriam ser ampliadas para todos os setores do serviço público em todos os níveis hierárquicos de cargos, pois o racismo de esconde onde a lei permite, tal  como nas indicações para cargos de chefia nas repartições públicas. A reforma do ensino precisa tornar obrigatório o estudo das relações afro-brasileiras já no ensino fundamental e médio e as igrejas - qualquer que seja ela - e a família podem cumprir um papel importante ao discutir liberdade, igualdade, fraternidade e respeito entre as pessoas senão nunca seremos iguais perante a lei como estabelece a constituição federal. O aparato legal que pune o racismo - Código de Processo Penal - atual em voga pode ser mais eficiente com  a criação de mais delegacias especializadas para acolhimento de denúncia , investigação e punição por meio de juizados especializados.