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Enviada em: 26/10/2017

Brasil: um país de todos?   Apesar de se destacar enquanto potência econômica mundial, o Brasil ainda vivencia problemas sociais arcaicos, como a persistência do racismo. Neste contexto, dois aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico-cultural e, também, a influência negativa da mídia nesse contexto. Diante da gravidade dessa questão, é crucial a mobilização do Estado, juntamente com a sociedade, para reverter o assunto apresentado.    Com efeito, o Brasil trás consigo uma grande cicatriz causada pela escravidão de milhares de habitantes, dentre eles haviam nativos, mas, a grande maioria eram os negros, fato este que permaneceu por mais de 300 anos. Infelizmente, mesmo após a abolição, as vítimas continuaram a ser descriminadas e marginalizadas, situação essa que reflete até hoje na sociedade. Não é difícil perceber, que as regiões pobres das grandes cidades têm forte presença de negros, pois estes, são afetados por terem menos oportunidades de trabalho e emprego, de assumirem cargos influentes em empresas, de ascensão na política, entre outros.    Ademais, a mídia, sendo um dos maiores poderes de influencia social, por muitas vezes ainda interfere na ideologia de distinção entre raças. Afinal, nota-se nas emissoras de televisão brasileira uma frequente presença de atores, apresentadores e jornalistas considerados brancos, enquanto que a participação dos indivíduos com pela mais escura se restringe a uma pequena parte, contexto esse que esta em desacordo com a verdadeira variedade de raças nessa nação. Além disso, há vários sites na internet com vídeos, fotos, piadas e textos de conteúdos ofensivos e que destorcem principalmente a imagem dos negros e indígenas, gerando mais preconceito entre os assinantes.    Portanto, para que haja o fim deste cenário de discriminação é necessário um esforço coletivo. Neste sentido, urge a ação do Ministério do Trabalho e Emprego, para que estabeleça um número mínimo de funcionários negros, indígenas, pardos ou mulatos nas empresas do país. Soma-se isso ao auxílio do Ministério da Educação que deve levar para as salas de aula a exaltação de homens e mulheres de pele escura e que tenham realizado feitos de importância no âmbito nacional, além de propagar a valorização cultural, musical, artística e gastronômica desses povos nas redes sociais, utilizando de meios sinestésicos, auditivos e visuais para melhor compreensão da população. Eventualmente, com a adesão dessas práticas, essa pátria poderá seguir mais um passo rumo à ordem e ao progresso.