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Enviada em: 11/04/2018

Funcionando como uma das três leis newtonianas, a lei da inércia, afirma que um corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento, até que seja atuada sobre ele uma força suficiente para a mudança de seu percurso. O racismo é um problema que persiste na sociedade brasileira, logo, representa um desafio a ser enfrentado de forma mais expressiva pela população. Com isso, ao invés de atuar como a força suficiente para a mudança de rota desse porém, as ideias conservadoristas aliadas à intolerância acabam contribuindo para a intensificação de tal problemática.      A esse propósito, é indubitável que as visões conservadoristas sejam as principais responsáveis pela persistência do racismo na nação verde-amarela. Isso acontece porque, muitas pessoas acreditam que a submissão e a violência sofrida pelos escravos africanos durante o período colonial, ainda é necessária. Algo deplorável, visto que o artigo 3 da Constituição Federal de 1.988 que diz respeito ao bem de todos, sem preconceitos, não é respeitado, tendo em vista que mais de 100 milhões de brasileiros já sofreram de atos racistas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).      Outrossim, a intolerância também destaca-se como uma impulsionadora do problema. De acordo com o poeta italiano, Giacomo Leopardi, nenhuma qualidade humana é mais intolerável do que a própria intolerância. Com isso, Leopardi faz uma crítica àquela parcela da população que não tem capacidade de suportar aquilo que o outro faz ou é. Muitos cidadãos, por exemplo, costumam praticar esse ato, algo deplorável, uma vez que mais da metade da população brasileira, 54%, é formada por pardos e pretos, logo, estes sofrem com sectarismo.       Torna-se evidente, portanto, que ainda existem entraves para garantir a solidificação de políticas que visem um mundo melhor. Diante disso, é fundamental que o Governo, através de investimentos na fiscalização, melhore a rigorosidade das leis, para que elas não estejam presentes apenas no papel, mas na realidade, com isso, evitará que o racismo se intensifique cada vez mais. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC), fomente nas escolas, campanhas e palestras que sejam ministradas principalmente por pessoas que já foram alvos de preconceito racial, a fim de que os estudantes fiquem mais próximos da realidade e que a sociedade se desprenda de certos tabus e não viva no mundo das sombras, como na alegoria da caverna do filósofo Platão.