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Enviada em: 10/06/2019

Desde que a da princesa Isabel "libertou" os escravos (à própria sorte), em 1889, sem se preocupar com alocação no mercado de trabalho ou dando-lhes um amparo social, o Brasil tem vocação para o desprezo para com seus cidadãos que vivem em situação mais vulnerável. As cidade grandes brasileiras têm uma grande quantidade de pessoas vivendo em condições de penúria. Ou seja, pessoas que fazem da rua sua morada, onde estão sujeitas à violência, humilhação, descaso do poder público e da sociedade civil.       Nesse contexto, é importante ressaltar que as causas que fazem uma pessoa passar a viver nas ruas são as mais diversas possíveis. Nesse âmbito, muitos desses desvalidos são alcoólatras, usuários de drogas ou tiveram desavenças com seus familiares, foram expulsos de casa ou preferiram perambular pelas ruas. Essas pessoas, na maioria das vezes, são invisíveis, passam despercebidas pelos transeuntes que os ignoram e/ou têm medo de se aproximarem deles.       O escritor francês Victor Hugo, século XIX, no livro "Os Miseráveis", já criticava que o progresso social e material da sociedade não devem estar ligados à exclusão social, uma vez que bens materiais não devem ser a medida de um indivíduo. Entretanto, essa ainda é uma falha do sistema capitalista que ignora os moradores de rua, os quais estão em situação calamitosa são desprezados tanto pelo poder público quanto pela sociedade, que os veem como um fardo social.      Portanto, é necessário minimizar essa mazela que ainda atinge milhares de pessoas no país. Desse modo, cabe não somente ao poder público, mas a toda sociedade civil, empresas, igrejas, associações firmarem parcerias que implementem, efetivamente, políticas públicas para resgatar os moradores de rua dessa condição subumana. Tal medida deve restabelecer o mínimo possível para uma vida digna de sobrevivência dando-lhes moradia, alimentação, segurança, educação e saúde. Feito isso, será dado um grande salto na diminuição da desigualdade social no país.