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Enviada em: 08/06/2019

Citados no Código de Hammurabi, considerado a primeira legislação, figuras recorrentes na Bíblia e agentes transformadores do meio urbano durante a primeira Revolução Industrial, os moradores de rua são cumuns à todas as sociedades e momentos históricos. No Brasil, os denominados "mendigos" representam uma fuga ao padrão de segregação espacial imposto pelas cidades, ocupando os espaços centrais os quais, em geral, representam a bolha das classes mais altas. O país, assim como os Estados Unidos e a Inglaterra vive uma crise de "lotação da ruas", proporcionada por uma ambiente social no qual adversidades econômicas e problemas pessoais culminam na ausência de moradia.   Primeiramente, vale ressaltar que, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, o desemprego e as desavenças familiares representam o motivo para a ida a rua em cerca de 60% dos casos. Esse dado revela como, no Brasil, a casa própria é uma utopia para certa parcela da sociedade, afinal,fenômenos comuns como separação, brigas entre país e filhos e a dificuldade em ingressar ou voltar ao mercado de trabalho tornam  o indivíduo vulnerável a situação de rual, a qual, além de degradante representa uma violação dos direitos básicos do cidadão salvaguardados na constituição de 1988.Assim, avaliando o desemprego e os problemas familiares como fatos sociais dentro da sociologia de Émile Durkheim, os moradores de rua, consequências diretas destes fenômenos representariam também fatos sociais, tornando a condição deles comum e aceitável.    Ademais, assim como mostrou a pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social, o alcoolismo e o uso de drogas acometem cerca de 40% dos moradores de rua, os quais, em geral são incapazes de manter um lar enquanto sustentam o vício. Assim, arrecadando dinheiro por meio de esmola e trabalhos  informais, esses ocupam o espaço urbano de forma aparentemente livre, porém são reféns da dependência e vetores do mal estar social observado pela população londrina, a qual, assim como em inúmeras capitais pelo mundo, cobra do Estado medidas para tira-los da rua.Essa situação corrobora para o agravamento da situação dos sem-teto, os quais, assim como mostrado no livro Os Miseráveis, tem a situação que os levou a rua agravada a medida que passam mais tempo nesta.   Portanto, é de suma importância tornar a casa própria uma realidade para a maioria da população, além de combater o agravamento dos vícios. Para que isso seja possível o Estado deve investir em programas de financiamento de imóveis e de residências populares afins do programa "Minha casa, minha vida", o qual permite ao indivíduo o acesso a moradia e a estabilidade necessária para mante-la mediante adversidades.Ademais, o consumo de drogas, lícitas ou ilícitas, deve ser tratado nas escolas desde o ensino básico por meio de mudanças curriculares implementadas pelo Ministério de Educação.