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Enviada em: 07/06/2019

Com a Primeira Revolução Industrial a vida social e econômica de milhares de pessoas foi alterada. A busca por trabalho nas fábricas intensificou o êxodo rural, e o crescimento desordenado das cidades fez com que, consequentemente, uma parcela da população buscasse a rua como moradia. Atualmente, esse cenário se faz presente não só nos grandes centros, e se intensificou pelo descaso governamental. Além disso, a sociedade apresenta um olhar preconceituoso diante dos moradores de rua.        Em primeiro plano, as pessoas em situação de rua não conseguem ter acesso aos direitos básicos de cada cidadão, como saúde, saneamento, moradia, emprego e educação. Paralelamente, o aforismo de Lacan, "a mulher não existe", pode, ser ampliado também para "o morador de rua não existe", pois eles se tornam invisíveis perante  o governo, de tal forma que não há nenhuma política pública séria para contempla-los como sujeitos de direitos.Logo, essa conjuntura perpetua-se entre as cidades brasileiras.       Ademais, é relevante ressaltar que a sociedade civil objetifica o morador de rua, colocando sobre eles uma concepção preconceituosa. Analogamente, Moscovici propôs a teoria das Representações Sociais, as quais são formadas pelo senso comum e estão intimamente ligadas com o olhar estereotipado da população diante os grupos minoritários. Dessa forma, a comunidade permanece imóvel defronte essa situação.        Fica evidente, portanto, que o Estado deve intervir diretamente nessa perspectiva. Primordialmente, o governo precisa garantir os direitos básicos para essa população, mediante projetos que desloquem-se até as ruas, a fim de alcançar um número maior de pessoas, no primeiro momento. Outrossim, o Ministério da Cidadania precisa, por meio de campanhas midiáticas, findar os preconceitos instalados na sociedade, para que a comunidade prontifique-se em transformar essa realidade. Assim, pode-se abandonar o fatalismo apontado por Paulo Freire, e alterar esse cenário.