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Enviada em: 06/06/2019

A Revolta da Vacina foi um movimento popular contra a campanha de vacinação obrigatória. Essa recusa acontecia, especialmente, porque grande parte das pessoas não sabiam o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos. Contudo, no atual contexto brasileiro, os meios de comunicação mais amplos e as campanhas mais informativas, proporcionam para a população um vasto conhecimento sobre o assunto. Todavia, nos últimos anos, os índices de cobertura vacinal despencaram. Isso se deve, sobretudo, por dois motivos: informações falsas propagadas nas redes sociais e a falta de recursos em alguns municípios.    Em primeiro plano, faz-se importante destacar que, a repercussão de notícias falsas é um dos principais paradigmas acerca do assunto, sendo esse, um importante agente para o crescimento dos movimentos anti-imunização. Isso decorre de um falso estudo feito por um médico britânico e publicado em uma revista científica de prestígio. O profissional teria analisado crianças portadoras de autismo, afirmando que a maior parte dessas teriam manifestado os primeiros sintomas alguns dias após tomarem a tríplice viral. Embora a comunidade científica tenha desconstruído essa tese e a revista tenha retirado a pesquisa, o movimento já havia ganhado vários adeptos. Por consequência, o número de pais que recusam-se a vacinar seus filhos cresce de maneira alarmante, preocupando os profissionais da saúde, visto que doenças já erradicadas podem ressurgir.      Outrossim, nota-se, ainda, a falta de vacina em alguns municípios do país, além do armazenamento inadequado nos centros de abastecimento farmacêutico - CAF. Dos municípios mapeados pelo Ministério da Saúde, cerca de um terço apresentam problemas de desabastecimento de imunizantes. Consequentemente, uma parcela considerável da população encontra-se em situação de vulnerabilidade. Ademais, as vacinas, que são sensíveis as variações de temperatura, precisam de cuidados especiais para que não percam sua potência ou causem efeitos adversos. Entretanto, o que faz-se presente em muitos CAF's é um estoque irregular, com temperaturas elevadas ou amontoados.     Desse modo, a fim de garantir a vacinação eficaz dos brasileiros, medidas devem ser tomadas. Em razão disso, as escolas devem, não apenas trabalhar a importância da vacinação com os alunos, mas também, em parceria com o Ministério da Saúde, promover eventos de esclarecimento aos pais, em que os alunos expõem o que aprenderam com o auxílio de profissionais, no intuito de desmistificar as notícias falsas. Além disso, tal Ministério deve regularizar as visitas de vistoria ao CAF, com o propósito de averiguar o armazenamento dos produto e também disponibilizar materiais como prateleiras e ar-condicionados. Dessa forma, o país poderá garantir uma vacinação mais efetiva a população.