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Enviada em: 12/07/2019

O filósofo clássico Aristóteles argumenta que a virtude está no equilíbrio entre a falta e o excesso. Análogo a esse pensamento, a sociedade brasileira é marcada por desigualdades, enquanto uns usufruem de regalias, há quem se encontra em situação de rua. Sendo assim, é evidente que, para combater essa injustiça, é necessário analisar suas principais causas: o desemprego e a dependência química.  Em primeiro lugar, é importante ressaltar a influência da ausência de empregos neste cenário. Atualmente, o Brasil dispõe de 12,5% de desempregados, de acordo com o site G1, porcentagem que se afasta cada vez mais da faixa do pleno emprego (cerca de 5%). Nesse contexto, a falta de uma renda fixa, juntamente com a crise financeira que acomete o país desde meados de 2014, corrobora com a desigualdade e com o aumento da quantidade de moradores de rua.   Em segundo lugar, é preciso considerar a dependência química como um fator. Embora a Constituição de 1988 assegure moradia e saúde pública dignas, esses direitos não são efetivamente executados na sociedade brasileira. Assim, as pessoas acometidas com vícios não são devidamente zeladas pelo Estado e frequentemente sofrem com a ausência de apoio e moradia decente.   Sendo assim, esse cenário urge ser alterado, a fim de que o Brasil seja um país digno do equilíbrio aristotélico. Para atingir esse patamar, é necessário que o Governo Federal, por meio de órgãos como o Ministério da Economia, canalize investimentos financeiros para as pequenas e médias indústrias, de maneira que a criação de novos postos de trabalho seja incentivada, a fim de que o país atinja o estado de pleno emprego. Ademais, é preciso que o Sistema Público de Saúde direcione encargos para a internação e recuperação efetivas de dependentes químicos, por meio de campanhas regionais, para que a saúde pública brasileira não seja um empecilho à diminuição dos moradores de rua. Somente assim, o Brasil será mais justo.