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Enviada em: 10/06/2019

No quadro Retirantes, Candido Portinari retrata uma família que migra do nordeste para um centro urbano em busca de melhores condições de vida, realidade de muitos brasileiros. Contudo, muitas vezes, ao chegar em outra cidade, ou estado, a pessoa não consegue um emprego e, por conseguinte, começa a morar nas ruas. Essa é uma entre várias formas de alguém chegar a essa classe. Essa condição tira inúmeros direitos garantidos ao cidadão por lei, afinal, muitas informações sobre elas não são de seu conhecimento.       Primeiramente, o Brasil não conta com dados oficiais sobre a população de rua, pois, a partir do momento que essas informações passam a existir, o Governo reconhece que sabe da existência dessas pessoas. Ao admitir a presença de indivíduos não domiciliados, medidas deverão ser tomadas a fim de reintegrá-los à sociedade. Além disso, por serem excluídos socialmente, não criam expectativa de vida para o futuro e acabam se conformando com o que é encontrado nas ruas. Outrossim, por não terem endereço fixo, telefone e, a maioria, nem documento, não têm acesso a benefícios públicos como Bolsa Família. Assim, sem dinheiro, casa e, geralmente, sem apoio, acabam indo pelos caminhos considerados mais oportunos para eles: o das drogas e da prostituição.       Ademais, despejo, vício em drogas e em álcool preexistentes, demissão e brigas familiares, são algumas das causas para esse fato social. Como por exemplo, Chris, interpretado por Will Smith no filme À Procura da Felicidade, que é despejado do seu apartamento, junto do seu filho, por não ter dinheiro para pagar o aluguel e passa a viver nas ruas. Também, nessa obra cinematográfica, eles encontram um abrigo para tomar banho e passar a noite, contribuindo para a sua segurança. Entretanto, no Brasil, a realidade é diferente, considerando que não há esse amparo. Logo, fica claro que os direitos humanos básicos são negados a esses civis. Vale ressaltar que no longa-metragem Chris conseguiu, depois de tantas dificuldades, se tornar um homem rico, e essa é a história baseada na vida de Chris Gardner, mostrando que não é impossível essa evolução.        Dessarte, como propósito de aplacar essa problemática, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) junto ao Ministério da Fazenda, devem, por intermédio de verbas governamentais, criar abrigos onde os não domiciliados poderão dormir. Todavia, os seus futuros residentes deverão trabalhar em empregos, oferecidos pelos executores, para que consigam, no futuro, melhorar suas condições de vida. Dessa forma, relatos  como o de Gardner serão mais comuns e os de Portinari ficarão sendo arte simbolizando um passado deixado para trás.