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Enviada em: 18/06/2019

Consoante o sociólogo Émile Durkheim a sociedade pode ser comparada a um ''corpo biológico'' por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que esse organismo seja igualitário e coeso, é necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Entretanto, no Brasil isso não ocorre, pois as taxas referentes a população em situação de rua estão aumentando gradativamente. Esse quadro, alarmante, é fruto da negligência governamental e também, do preconceito social.    A Constituição cidadã de 1988 garante direito a moradia de todos os indivíduos, todavia o poder executivo não efetiva essa lei. Isso porque o preconceito social é um grande empecilho para resolver a problemática, visto que muitos indivíduos julgam a população em situação de rua de maneira diferenciada e até violenta. Dessa forma, o Estado ao investir minimamente em serviços sociais e abrigos públicos, contribui para persistência do empecilho.    Em consequência disso, a população em situação de rua enfrentam inúmeros dificuldades em variados âmbitos de suas vidas. Um exemplo disso é a dificuldade em inserir no mercado de trabalho, devido à precária educação recebida, pois segundo o Ministério de Desenvolvimento Social e combate à fome somente 74% sabem ler e escrever, também falta saneamento básico. Esse grupo, desse modo, são muitas vezes visto como indivíduos com menor capacitação intelectual, sendo excluídos dos demais, o que dificulta acesso a diversas áreas socais.  Portanto, medidas são necessárias para resolver o problema. Para que o Brasil seja mais articulado como um ''corpo biológico'' cabe ao Estado criar um projeto e financiá-lo para inclui-los na sociedade, através de profissionais capacitados a fim de oferecer serviços sociais e moradias alternativas para esse grupo, garantindo direito à cidadania. Dessa forma, o Brasil poderia superar os desafios à consolidação da população em situação de rua.