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Enviada em: 25/06/2019

As problemáticas que envolvem a população em situação de rua no Brasil são, até para os olhos menos atentos, umas das maiores adversidades da atual sociedade. Se, por um lado, a Constituição Federal, no artigo 5°, garante que todos são iguais perante a lei, sem distinção que qualquer natureza, por outro, a negação a alguns de direitos básicos, como moradia, segurança e dignidade, torna essa realidade paradoxal e extremamente desordenada. Nessa dinâmica, cabe a análise de duas direções: o desemprego como uma das principais causas do problema e a invisibilidade social à qual os moradores de rua são submetidos diariamente.    Ao partir dessa realidade, a crise socioeconômica, pela qual o Brasil passa nos últimos anos, contribuiu para que muitos indicadores sociais piorassem, como é o caso do desemprego, por exemplo. De forma a ser responsável por 30% das pessoas que estão em condição de rua no país, de acordo com o Mistério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o desemprego gera inúmeras consequências para a sociedade e, principalmente, para o indivíduo desempregado, que se vê sem maneiras de adquirir bens de sobrevivência básicos, como alimentos, roupas, moradia e saúde, de forma a ter escolha a não ser ir morar na rua, de modo a configurar uma realidade desumana e extremamente brutal.    No mesmo viés, a invisibilidade social à qual os moradores de rua são submetidos diariamente corrobora de maneira significativa para a problemática. Seja pela perpetuação da discriminação social no país, que aprofunda ainda mais a desigualdade, seja pela falta de informações a cerca da situação real em que essa população se encontra, sem direitos básicos, como saúde e moradia, há na sociedade atual um desprezo por esses moradores de rua, de forma que esses estão invisíveis perante os olhos de quem não vive essa realidade cada dia mais, de modo que agressões verbais, físicas e psicológicas são apenas alguns exemplos a que esses moradores de rua são submetidos.     Logo, cabe ao Ministério da Economia, por meio de investimento em infraestrutura econômica, social e produtiva, uma maior dinamização e abrangência do mercado de trabalho, de modo a haver menos desempregados no país e de oferecer oportunidades para que os menos favorecidos alcancem ao menos os direitos mais básicos, como moradia e saúde. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas, a abordagem do tema intolerância nas salas de aula, em disciplinas como História, Sociologia e Filosofia, de forma a discutir questões éticas e sociológicas, com finalidade a combater o preconceito intrínseco na sociedade contemporânea brasileira.