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Enviada em: 20/06/2019

No livro Homens Invisíveis, o psicólogo Fernando Braga fala da invisibilidade social, a qual atinge, principalmente, pessoas em situação de rua. Nesse sentido, constata-se uma diferença de tratamento entre classes socioeconômicas distintas. Assim, a população que vive na rua enfrenta a exclusão social e, além disso, tem direitos intrínsecos à vida roubados.         A priori, a situação no âmbito social para aqueles que não têm um lar é de invisibilidade. Nesse cenário, no livro de Fernando, o homem invisível é aquele que não era notado e sofria julgamentos pelo seu esteriótipo, o que aproxima o livro da realidade de muitos indivíduos. Sob essa ótica, o filósofo Immanuel Kant afirma que o princípio da ética é agir de forma que uma ação possa se tornar uma prática universal. Dessa forma, a ética kantiana traz a possibilidade da interação social servir de ação para diminuir a exclusão e ajudar a atar os laços da desigualdade.       Além disso, não só os direitos sociais se mostram defasados, mas também os jurídicos. Consequentemente, os direitos assegurados pela Constituição de 1988 têm o seu lugar tomado, o que causa um lapso na educação. Isso pode ser comprovado por meio de uma pesquisa do Senado, a qual explicita que apenas 5% das pessoas em situação de rua frequentam algum centro de ensino. Destarte, essa parcela da população encara um distanciamento social causado pela exclusão e, assim, tem oportunidades, que deveriam ser garantidas, roubadas.       Portanto, medidas devem ser tomadas a fim de mitigar a exclusão socioeconômica da população em situação de rua, no Brasil. Para que isso ocorra, é fundamental que o Ministério da Educação e Cultura faça projetos de ensino regular e técnico, especialmente nas grandes cidades, por meio da colaboração dos assistentes sociais e dos professores, objetivando um aumento da taxa de alfabetizados e um maior número de profissionais. Outrossim, deve haver um departamento especializado em crimes relacionados à população em situação de rua, para que sejam julgados devidamente. Assim, diminuir-se-ia a desigualdade socioeconômica.