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Enviada em: 22/06/2019

De acordo com os parâmetros expostos na Constituição brasileira de 1988, todo cidadão tem direito à saúde, alimentação, segurança e moradia. Contudo, a realidade vai de encontro com os "dogmas" civis, visto que existe em território brasileiro uma parcela significativa que vive precária desses direitos, como a população em situação de rua. Dessa forma, é preciso analisar as causas, consequências e possíveis soluções para esse entorno social e político.          A priori, é importante ressaltar o pensamento do filósofo e contratualista Jean-Jacques Rousseau. Para esse estudioso, o Estado deve existir para diminuir os efeitos da desigualdade social. De maneira contrária, o Governo democrático brasileiro quebra com esse contrato social, pois não garante o amparo necessário para a população pobre em situação de rua, visto que não é fornecido alimentação, moradia e oportunidades de ingressar no mercado de trabalho - fator que afeta a economia brasileira, tal que é um desperdício não investir nessa população economicamente ativa. Dessa forma, a miséria no Brasil tem poder acumulativo e permanente.        Por conseguinte, o preconceito social é outro problema mal discutido acerca da população em situação de rua no Brasil. Para isso, é preciso destacar a frase do escritor e poeta Mário de Andrade, cego é aquele que não vê seu próximo morrer de fome, de frio e de miséria. De forma análoga, a sociedade brasileira vive em uma cegueira empática, dado que muitos empresários não fornecem emprego a moradores de rua pelo preconceito e pelo pensamento antiguado e generalizado de que essa população sofre com problemas de drogas. Além disso, a violência, tanto verbal, quanto física, é outro problema social, pois a sociedade trata essas pessoas como marginais e ainda, como animais. Essa situação é caótica, contudo, mutável.           Logo, observa-se que para findar com a miséria em que vivem os moradores de rua e fornecer o bem estar social, é preciso a ação do governo e da sociedade. portanto, é necessário que o Estado brasileiro construa propriedades para distribuir para esse público, através dos impostos arrecadados pela população. Além disso, o governo deve criar cotas em empresas públicas e privadas para estimular o emprego destinado para essa população, mediante contratos feitos com essas empresas, juntamente com o Ministério da Educação que deve propor projetos de criação de escolas e cursos profissionalizantes gratuitos para essas pessoas. Para isso, é preciso também que a sociedade colabore com empatia, podem ser criadas ONGs para estimular a ajuda para essas famílias necessitadas, fornecendo cestas básicas e possibilidade de empregos. Desse modo, a sociedade brasileira sairá da cegueira em que remete o poeta Mário Quintana.