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Enviada em: 26/08/2019

A desigualdade social no Brasil é uma verdade irrefutável que acarreta diversos problemas sociais junto a si; dentre eles, um dos mais importantes é a população em situação de rua e sua marginalização. Cerca de 101.854 indivíduos, segundo o IPEA em 2016, majoritariamente homens (82% segundo o Min. do Desenvolvimento Social e Combate a fome) e negros ou pardos (67%), vivem nas ruas brasileiras. Os motivos, que levam as pessoas a essa situação, são variados, tendo em sua maioria problema com drogas e bebida e o desemprego. Juntando duas problemáticas do Brasil, a citada no texto e a marginalização de jovens negros, pode-se concluir uma coisa: são problemas interligados que vem de uma mesma fonte, a sociedade contemporânea que vê a moradia como mercadoria, não como direito, e enxerga homens e mulheres retintos como inferiores, ou nem sequer os enxerga, como demonstra a charge de Fábio Coala, "Quem disse que não existem palavras mágicas" em que um jovem cumprimenta um homem em situação de rua e o mesmo se surpreende pois não lembrava que ainda existia. Esse problema leva a marginalização desses indivíduos que são vistos como inferiores ou até generalizados como "bandidos", por não possuírem uma moradia. Esses indivíduos não possuem direitos no dia-a-dia; são alvos da higienização e humilhação social, que são práticas desumanas de exclusão social, fazendo com que essas pessoas tornem-se invisíveis ou não sejam vistas como humanas, tirando seus direitos e dignidade. Como exemplo em São Paulo, durante o mandato de João Dória como prefeito, ocorriam operações policiais para jogar um jato d'água nos moradores em situação rua e suas poucas coisas para que eles se espalhassem e não deixassem um aspecto "feio" na cidade. Dessa forma, é possível enxergar um problema social enraizado na sociedade brasileira que "desumaniza" indivíduos com poucas diferenças dos demais. É necessário que, estes indivíduos sejam tratados com "dignidade, segundo Mafalda, e sejam oferecidas moradias com o necessário, quarto, banheiro e cozinha; e uma bolsa-auxílio vinda dos Governos Estaduais de todo o país para que esses possam comer e trabalhar/estudar, até que possam sustentar-se com uma bolsa-auxílio menor e com um trabalho assalariado.