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Enviada em: 30/06/2019

Segundo Zygmund Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XXI. A existência de pessoas em situação de rua no Brasil é uma realidade preocupante, visto que resulta da, principalmente, da inoperância das políticas públicas voltadas à problemática, juntamente com a invisibilidade social à qual estão sujeitos.     Referente aos que vivem em desabrigados no Brasil, percebe-se que os projetos governamentais voltados para sanar a questão permanecem ineficazes. A Política Nacional para Pessoas em Situação de Rua, criada em 2009, outorga ao governo federal, em teoria, a responsabilidade por garantir moradia, alimentação e segurança para esses indivíduos, assim como encaminhá-los para abrigos e assistência social. No entanto, é obrigação do Estados colocar em prática o projeto, procedimento que segue sendo mal executados, haja vista o aumento do número de pessoas que moram nas ruas. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Brasil possui mais de 100 mil indivíduos vivendo nesta situação.     Além disso, não é raro que os que vivem nas ruas sejam colocados à margem da sociedade pelas outras pessoas. Sendo, frequentemente, ignorados, maltratados, expulsos dos lugares, até mesmo agredidos, tornando-se invisíveis socialmente. O “Massacre da Sé”, ocorrido em 2004 na cidade de São Paulo, relembra a perigosa situação à que a parcela frágil de sociedade é exposta.     Nesse sentido, é urgente que o Governo Federal, em parceria com os Estado, tome medidas para garantir que o PNPR seja efetivado, ao destinar recursos financeiros para a construção de centros comunitários nos quais a população vulnerável possa ser acolhida, bem como instituição de projetos, junto ao Ministério da Educação, de escolarização e cursos profissionalizantes. Ademais, cabe a mídia o papel de promover campanhas publicitárias, fomentando a conscientização sobre as pessoas em situação de rua no Brasil. A fim de que, essa problemática de cunho social e político, seja cada vez menos recorrente na sociedade brasileira.