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Enviada em: 07/07/2019

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal do Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à habitação e ao bem-estar social. Conquanto, nota-se um grande número de pessoas em situação de rua no Brasil, impossibilitando esses direitos na prática. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro.    Ocupando a oitava posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema público eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na quantidade de indivíduos que moram nas ruas. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, 63,5% dos andarilhos nunca estudaram ou não possuem o ensino básico completo. Em um país onde a instrução básica é obrigatória e garantida por lei, é inadmissível tal eventualidade.    Faz-se mister, ainda, salientar o não apoio de seus familiares como impulsionador do problema. De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, uma misteriosa fragilidade dos laços humanos é trazida pela modernidade liquida. Diante de tal contexto, nota-se que mesmo em casos em que andarilhos possuem contato com seus familiares, não recebem apoio nenhum quanto a moradia, alimentação, sempre estando por si só.    Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. É preciso que o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, crie programas a partir de verbas disponibilizadas pela Secretaria da Fazenda com finalidades de reingressar essas pessoas na sociedade brasileira, oferecendo-os educação, empregos e apoio psicológicos aos que tiverem interesse em mudar o estilo de vida.