Enviada em: 05/07/2019

O Naturalismo, movimento artístico de meados do seculo XIX, tinha como um de seus princípios o zoomorfismo, onde o homem era tratado com o comportamento de um animal. Nesse sentido, análogo a essa perspectiva, a população em situação de rua no Brasil é rodeada por preconceitos e, muitas vezes, tratada como seres animalizados, abandonados socialmente.       Segundo o escritor tcheco Franz Kafka "a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana". Porém, o que de fato observa-se na sociedade brasileira, de modo geral, é uma constante discriminação no que diz respeito a população em situação de rua, muitas vezes os negando, mesmo com a condição para ajuda, um alimento; tornando-os "invisíveis". Sendo assim, é necessário que haja uma mudança de mentalidade, para que esses não sejam vistos mais como animais incapazes de ascender social e moralmente, mas sim como humanos que, com a devida ajuda do povo, tem a chance de mudar sua realidade.        Em segundo plano, analisa-se que a principal causa do aumento de "moradores" de rua nos dias atuais está na crise de desemprego do país. Isso porque, de acordo com dados de pesquisa do IBGE, a taxa de desempregados no Brasil já alcança os 12,4%, atingindo 13,1 milhões de pessoas. Diante desse cenário, é imprescindível que o Estado brasileiro tem o papel de aplicar medidas que combatam essa realidade para que, em consequência, diminua-se o número de pessoas que estão sem moradia no país.       Fica claro, portanto, que o governo federal deve tomar providências para superar esse impasse. Urge que o Ministério Público alie-se a ONGs e, por meio de verbas governamentais, promova campanhas que visem conscientizar os indivíduos da problemática, a fim de conduzi-los a realização de ações humanitárias que ajudem aos "moradores" de rua. Ademais, o Poder Legislativo tem que, através da criação de novas leis que viabilizem o investimento, contratar mais trabalhadores públicos, com o propósito de estabilizar os números absurdos de desemprego no Brasil. Quem sabe assim, a sociedade brasileira desvincula-se dos pensamentos naturalistas e o homem não mais seja visto como ser animalizado.