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Enviada em: 04/07/2019

Em 1903, na cidade do Rio de Janeiro, foram instauradas reformas urbanas apelidadas de ``Bota-baixo´´. A política higienista, demoliu, prédios, casarões, cortiços, para tornar a cidade, até então, distrito federal brasileiro, mais ``aprazível´´, desabrigando centenas de pessoas. Da mesma maneira, a sociedade brasileira, tenta invisibilizar os moradores de rua, como por exemplo, as políticas de internação compulsória propostas em São Paulo, na cracolândia. Em âmbito nacional, é mais que questão de saúde pública, é também socioeconômica.   Em primeiro lugar, podemos citar a segregação dos moradores de rua, estes que muitas vezes são julgados viciados, ou problemáticos. O que nem sempre é verdade. Isso é demonstrado pelo dado do Ministério do Desenvolvimento e Combate a fome, na pesquisa feita  no ano de 2008, em que o número de moradores de rua que estão nas ruas ,por estarem desempregados ou foram desligados do seio familiar, somam mais que o número que diz estar nas ruas por vício em drogas.   Em segundo lugar, analisando a mesma pesquisa, podemos relacionar a  evasão escolar ,no ensino médio, como denominador comum em quase metade do contingente entrevistado. O que demonstra a importância de que os jovens estejam frequentando a escola, e que tenham condições de permanecer estudando. Muitos deles deixam a escola para viver nas ruas.   É necessário, portanto, que em frente aos entraves citados, que o Estado na forma de instituições públicas de auxílio as populações,ofereça abrigo, ás pessoas que não tem onde morar, pelo desemprego ou questões familiares. Bem como apoio, para profissionalizar estas pessoas para que tenham acesso ao mercado de trabalho, e possam reconquistar sua dignidade. Assim como é necessário que sejam feitas nas escolas, projetos anti-evasão, com esportes, música, ensino integral, para manter os jovens longe das ruas. Não é necessário que se invisibilize essa população para que o problema se resolva, como foi feito no Rio de Janeiro no século XX. É necessário que sejam assistidos, apoiados e transformados em protagonistas de suas vidas.