Materiais:
Enviada em: 18/07/2019

O livro Capitães da Areia retrata o cotidiano vivido por menores em situação de rua, no qual sofrem com o desamparo e com a marginalização, isto é, não são considerados parte da sociedade. Embora seja uma obra ficcional, o livro apresenta características que se assemelham à realidade de um grupo heterogêneo ao atual contexto brasileiro. Visto que, a negligência governamental frente a tal problemática corrobora para a situação de risco dessa minoria.            Em primeiro plano, vale destacar que, a falta de interesse e investimento do governo, relacionado a pessoas em situação de rua, contribui para abandono e a perda da dignidade. Uma vez que, historicamente, a modernização e a reurbanização do Rio de Janeiro, no início do século XX, provocaram a expulsão da população mais pobre para a periferia da cidade, como resultado, moradias irregulares, sem infraestrutura e saneamento básico. Do mesmo modo, os moradores de rua se instalam em viadutos, praças e calçadas, devido à falta de assistência social, de abrigos adequados e de trabalho. Nesse sentido, ações relacionadas a política nacional e direitos humanos devem ser implementadas, já que é garantido pela Constituição brasileira o direito à moradia.         Por conseguinte, a população que está em situação de rua sofre com as piores condições possíveis, que pode resultar em relevantes riscos, não só relacionados com drogas lícitas e ilícitas, como também com a violência. Por exemplo, a Cracolândia, na Grande São Paulo, local tomados por catadores de lixo, moradores de rua e usuário de drogas, desnutridos e maltrapilhos, no qual demonstra o quanto a vida humana pode se degradar. Tal realidade é uma combinação de pobreza e luta pela sobrevivência, que provoca na sociedade preconceito e segregação, além de aspectos urbanos negativos. Logo, torna-se imprescindível tratar essas pessoas e amenizar esses problemas sociais.             Portanto, é necessário minimizar os problemas relacionados aos brasileiros em situação de rua e ajudá-los na inclusão social. Assim, cabe ao Governo Federal, juntamente com estados e municípios, promover alterações estruturais, por meio de investimentos em moradias alternativas e de capacitação de profissionais, principalmente, relacionados com assistência e inclusão social. Esses conjuntos de ações têm a finalidade de proporcionar dignidade e direitos constitucionais e, consequentemente, reduzir os moradores de via pública e a depreciação dos grandes centros urbanos.