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Enviada em: 05/07/2019

A Constituição Federal de 1988 - de caráter social e humanista - é responsável por garantir direitos e bem-estar dos cidadãos. No entanto, quando se analisa a questão da população em situação de rua no Brasil, percebe-se que essas prerrogativas não são colocadas em práticas no Brasil. Logo, causada pelo descaso governamental e social, a problemática dos moradores de rua deve ser urgentemente resolvida.       A princípio, vale ressaltar que a ausência do cumprimento de direitos básicos é um dos principais agravantes para a situação desses. Segundo Aristóteles, a política é a ciência que tem por objetivo o bem-estar e a felicidade coletiva e individual do homem na cidade. Entretanto, em contrapartida ao que foi proposto pelo filósofo grego, a figura governamental hodierna não cumpre a prerrogativa dos direitos básicos ao cidadão, haja vista que, tais garantias não são concedidas aos habitantes das ruas. Desse modo, é essencial a atuação assídua do estado para a resolução dessa adversidade.         Ademais, é evidente que o atual contexto da população que vive nas ruas é um reflexo da exclusão social vigente. Tal cenário é exposto na obra Capitães de Areia de Jorge Amado, aonde é explícito o descaso da sociedade com os meninos de rua. Visto que, na conjuntura contemporânea  onde impera a ausência do senso de empatia e a liquidez das relações, esses indivíduos têm se tornado invisíveis aos olhos do corpo social, o que agrava ainda mais as circunstâncias lamentáveis na qual esses se encontram.          Portanto, urge que governo e sociedade atuem juntos para resolver tal problemática. Em primeiro plano, o governo deve fortalecer os trabalhos de caráter humanista, por meio da criação de órgãos municipais responsáveis por assistências sociais aos moradores de rua, a fim de minimizar os cenários  degradantes em que esses se encontram, como a fome, falta higiene e péssimas condições de saúde.. Além disso, é importante que a mídia, através de sua influência social, promova campanhas de caráter reflexivo para sociedade, por meio de mutirões e ações sociais, com o intuito de mobilizar e mudar o pensamento egoísta e excludente da sociedade. Para assim, esses cidadão terem ao menos o mínimo necessário para preservar sua dignidade, que outrora foi garantida pela Constituição.