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Enviada em: 15/07/2019

Na década de 1930, o modernista brasileiro Jorge Amado discorreu no livro "Capitães de Areia " sobre a vida de jovens abandonados os quais sobrevivem em condições hostis nas ruas de Salvador.Fora do mundo literário, essa realidade não é distante, já que é notório a grande quantidade de indivíduos que vivem em situação de rua na hodierna sociedade brasileira.Dessa forma, faz-se relevante analisar como a inoperância das políticas públicas e o preconceito social corroboram para essa funesta circunstância.  Em primeiro lugar, a ineficácia das atividades desenvolvidas pelo governo é um fator que colabora para a manutenção da problemática.Nessa perspectiva, apesar de que, exista a Política Nacional para a População em Situação de Rua-PNPR, responsável por garantir moradia, segurança e alimentação para essas pessoas, essa política ainda não tem sido suficiente, pois ainda existe uma demasiada proporção mantendo-se em condições sub-humanas, sem assistência e nenhum tipo de panorama para mudar a situação.Em virtude disso, muitos indivíduos morrem devido a doenças não tratadas , ao frio e à fome.  Em segundo lugar, o preconceito da população contribui para essa chaga social.Nesse sentido, o sociólogo Erving Goffman trata sobre a estigmatização, que é quando um grupo é inabilitado para a aceitação social plena. Seguindo essa linha de pensamento, é o que ocorre com esse grupo social em vulnerabilidade, porque uma parcela da coletividade cria esteriótipos de que eles estão na conjuntura a qual encontram-se, visto que são desocupados, alcoólatras ou por opção, criando uma imagem pejorativa.Por consequência, eles são discriminados tornando-se "invisíveis", humilhados e até violentados.  Fica evidente, portanto, que a adversidade sobre a população em situação de rua no Brasil deve ser combatida de forma pressurosa. Em razão disso, cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social, em conjunto com as Prefeituras Municipais, efetivar e ampliar as políticas públicas atuais por meio de maiores investimentos que além de contemplar as necessidades básicas, promovam atividades e atividades a fim de integrar esse povo e reverter esse quadro.Ademais, concerne à Mídia, em parceria com o Ministério da Educação , desconstruir os preconceitos e estigmas desse corpo social por intermédio de campanhas educativas em todos os meios de comunicação mostrando a verdadeira realidade.Dessa maneira, é possível uma nação mais digna.