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Enviada em: 07/08/2019

No documentário, hoje, disponibilizado gratuitamente através do YouTube, intitulado: "Eu existo"; há uma exposição do estado precário da população de rua no centro de São Paulo, cidade mais populosa do Brasil. Nessa produção cultural, vários moradores relatam acontecimentos de preconceito por parte da população/prefeitura e de como é hostil o seu dia-a-dia, seja ele no quesito alimentação, saúde, descanso ou segurança. Logo, é bastante notório toda uma problemática que envolve quem está em situação de rua, na qual muitas das vezes é advinda e agravada com a dependência química, mas também não é tratada de forma humana pelo poder público, como mostrado pelo documentário.             Como citado anteriormente; as pessoas são induzidas à situação de rua geralmente por adquirirem o vício nas drogas, nas quais frequentemente se é relatado a dependência do álcool ou do crack, devido sua fácil acessibilidade nas ruas e seu preço baixo. Essa problemática é reafirmada nos dados disponibilizados no site do Senado Federal, em que 35,5% das pessoas que residem nas ruas estão lá por problemas de dependência química. Assim, a visão corriqueira do dia-a-dia associada aos dados expostos, mostram-nos uma realidade preocupante para os moradores de rua; pois a dependência química gera um ciclo vicioso no qual quanto mais se usa, mais se quer, o que coloca o cidadão cada vez mais em um estado precário de vida.             Partindo do ponto de precariedade de vida nas ruas, há-se uma reafirmação dos fatos mostrados pelo documentário "Eu existo". Pois, nele é retratado toda a condição desumana nas ruas composta pelos casos de preconceito muita das vezes agravados por violências morais e físicas. Concomitante a isso, também existe um descaso do poder público para com a população em estado de rua o qual também é comentado por esses residentes e mostrado no documentário quando funcionários municipais expulsam essas pessoas e logo em seguida realizam um trabalho de "higienização" do local. Mostrando-nos ainda mais o quão preocupante está a vida dessas pessoas nas ruas em que até quem devia ampará-los, banaliza-os.                 Portanto, é imprescindível uma intervenção estado-população, onde as Secretarias Esta-duais de Direitos Humanos façam campanhas publicitárias por meio das principais redes sociais(Whatsapp, Instagram, Facebook e Twitter) a fim de induzir as pessoas para um reflexão sobre o modo como veem os moradores de rua e incentivar a denúncia diante dos casos de violência feita contra eles. Para que assim, comece todo uma movimentação nacional em prol de uma melhora gradativa da qualidade de vida e de uma diminuição cada vez maior do preconceito contra esses residentes dos espaços públicos.