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Enviada em: 22/07/2019

No Brasil contemporâneo, a população em situação de rua ainda é analisada como uma problemática socioeconômica desafiadora. Isso se deve, sobretudo, à inoperância de políticas públicas de assistência e ao aumento do desemprego. Desse modo, é urgente a reversibilidade do cenário em questão.   A priore, observa-se que a ineficiência de medidas assistencialistas se mostra como agravante para a situação destes indivíduos. Ou seja, apesar da Constituição Brasileira de 1988 assegurar o direito à moradia e a dignidade da pessoa humana, este não é efetivado na prática, uma vez que projetos como a Política Nacional para a População em Situação de Rua não tem sido suficiente para amparar essa população em vulnerabilidade, tendo em vista que o empobrecimento estatal faz com que, muitas vezes, a verba não chegue à determinadas regiões do país, o que contribui para as desigualdades sociais. Consequentemente, estes vivenciam condições insalubres e precárias.  Ademais, o crescente número de desempregados no país é outro agravante para a conjuntura analisada. Segundo dados do IBGE cerca de 13 milhões de pessoas estão desempregados no país, o que é, muitas vezes, responsável por levar o aumento da população em situação de rua, haja vista que os altos custos de aluguéis, planos de saúde e alimentação não são possíveis de se manter. De modo análogo, a violência simbólica , do sociólogo Pierre Bourdieu, na qual o corpo social exerce a exclusão e fere a cidadania- pois, o trabalho é responsável pela construção da identidade do indivíduo -  torna-se comum na vivência destes,já que a invisibilidade social atinge este grupo, que em sua maioria não possui educação básica completa.    Faz-se necessária, portanto, a atuação efetiva do Governo, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, na confirmação de políticas públicas, como a já mencionada, em nível estadual, bem como dos direito assegurados por lei, a fim de reduzir tais índices e garantir a equidade e dignidade desta população. Além da participação do Ministério do Trabalho e o da Educação ,por meio da criação de projetos e cursos de capacitação profissional, destinado a inserir-los novamente no mercado de trabalho e possibilitar o acesso ao conhecimento e assim os ajudar a viver em sociedade como membros ativos e participantes.