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Enviada em: 07/08/2019

O livro Capitães de Areia, do autor Jorge Amado, retrata as experiências de um grupo de crianças em situação de rua, que sem estruturas sociais adequadas vivem celeradamente. Essa ficção, infelizmente, assemelha-se a realidade de muitos indivíduos, não só infantos, no Brasil factual. Percebe-se pois, que essa problemática merece maior atenção pública e uma diferente perspectiva da sociedade.    Primeiramente, cabe clarificar que, apesar de serem incompletas e desatualizadas as informações sobre a população em situação de rua, verifica-se inabilidade governamental como uma das causas da problemática. Segundo o Plano Nacional sobre a População em Situação de Rua (PNPSR), de 11 anos atrás, os maiores motivos dessa infeliz condição são o vicio em álcool ,drogas e o desemprego. Logo, infere-se que, com o fator desemprego tendo aumentado nesse período-  de 8,4 milhões em 2009 para 13 milhões em 2019, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- o número de moradores de rua também deve ter majorado. Tal fator, evidencia as consequências da deficiente administração econômica do país     Outrossim, assim como os capitães de areia eram temidos, e a sociedade os via como algo a ser combatido, os indivíduos em situação de rua causam espanto à sociedade, mas são poucos que demonstram empatia a eles. Por vezes viciados, vivendo de forma insalubre e muitas vezes no mundo do crime, não devem ser eles os combatidos,  mas sim suas carências. Porém, como afirmou o cientista Albert Einstein, o exemplo não é outra forma de ensinar, é a unica forma. Se o estado não cumpre suas funções- saúde pública, educação, acessoa a programas de transferência de renda- previstas na Constituição Cidadã, de 1988, para com essas pessoas, a povo brasileiro não é ensinado a ajuda-las e , por corolário, negligencia as necessidades delas.      Portanto, o Ministério da Economia deve promover a geração de mais empregos, por meio da diminuição de impostos para empresas, as quais, assim, poderão abrir mais vagas de trabalho. Paralelamente, a Secretaria Especial de Direitos Humanos deve criar mais abrigos, por intermédio de parcerias com ONGs e igrejas, os quais forneçam atendimento às necessidades das pessoas em situação de rua e  ofereçam cursos profissionalizantes para que eles possam aproveitar o mercado de trabalho recém aberto.  Dessa forma,  o estado assistira corretamente os marginalizados, e poderá, tendo em vista as suas colaborações com a sociedade civil, ensinar pelo exemplo o que é ,deveras ,combater a miséria.