Enviada em: 17/08/2019

Conforme o pensamento de Claude Levi-Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que compõem a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais. Essa perspectiva contribui na análise dos desafios da população de rua no Brasil, visto que, o corpo social, historicamente, marginaliza as minorias, o que leva tal problemática a persistir intrinsecamente ligada a realidade do país, seja pela perda de direitos constitucionais desses, ou pelo quadro econômicos negativos do país.Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente à sociedade.          Deve-se pontuar, de início, que a privação de direitos básicos garantidos na constituição, leva a miséria, e essa, em muitos casos, a condição de morador de rua. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratualista Jonh Locke, configura-se uma violação do ''contrato social'', visto que o Estado não cumpre sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis, como a educação, moradia e trabalho, para a manutenção da igualdade entre os membros da sociedade, o que expõe esses indivíduos que residem as ruas em uma condição ainda maior de exclusão e desrespeito.           Além disso, cabe ressaltar que o desemprego e a redução na atividade econômica são os fatores que mais levam essa população as ruas. Diante de um sistema capitalista desumano, em que a competição é estimulada a todo momento, em período de crises, parte da população que, sem acesso a educação de qualidade, se encontra sem condições de competir em meio a pequena oferta de vagas de emprego, encontra como unica opção residir as ruas.      Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual.Sendo assim, cabe ao Governo Federal criar órgãos com real comprometimento que os direitos constitucionais sejam garantidos, só assim esse deficit habitacional deixará a sociedade brasileira.Desse modo, prevenindo as causas, os seus efeitos deixarão de existir.