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Enviada em: 13/08/2019

Desemprego, dependência química, ausência de laços familiares. São inúmeros os motivos pelos quais milhares de brasileiros vivem em pontes e praças públicas. A população em situação de rua no Brasil aumenta anualmente e sofre não só com a falta de políticas públicas e privação de direitos, mas também com diversos tipos de violência. Assim, essa realidade, muitas vezes ignorada, constitui um desafio a ser combatido pelo Poder público e pela sociedade como um todo.       Em primeira análise, faz-se necessário entender que as pessoas que moram na rua, apesar de constituírem a camada mais vulnerável da sociedade, são as que mais carecem de auxílio por parte do governo. A Constituição de 1988 prevê que é responsabilidade do Estado fornecer assistência aos desamparados, contudo, isso não acontece, uma vez que a maioria esmagadora dos moradores de rua vivivem em condições precárias. Sem garantia de banho e de alimentação regular, essa população se encontra a mercê da ajuda de terceiros para suprir suas necessidades básicas, o que demonstra o descaso das autoridades com essa parcela já tão marginalizada da sociedade.       Por conseguinte, diversos tipos de violência se fazem presentes na vida da população em situação de rua, que é excluída e discriminada dia após dia. O documentário "Eu existo", produzido por estudantes da USP, tem o objetivo de expor a realidade dos abusos praticados por agentes governamentais. Ações de "higienização" das ruas, com caminhões de água em dias frios e recolhimento de pertences são recorrentes e humilham